A artrite reumatoide chega nas nossas vidas como um vulcão, de repente tudo que tinhamos planejado é modificado, nossos planos, nossos sonhos, nossa rotina de vida diária, relações de trabalho, amizade e até mesmo a vida familiar é impactada pelo diagnóstico da #AR.
A minha vida mudou completamente após a AR, tantas coisas eu tive que abrir mão, tantos planos tive que mudar, tantos novos caminhos, tive que aprender a construir uma nova identidade, a Priscila Torres antes da AR, ficou lá atrás, nasceu uma nova pessoa, eu aprendi com a AR, a valorizar as pequenas coisas da vida, a reconhecer o valor de cada pequena atitude, a analisar a vida com uma ótica diferente, eu aprendi a ser humana, justa e equilibrada.
Hoje 9 anos depois, eu aprendi que o grande segredo da vida plena com AR é realmente a “adaptação” e “readaptação”, desistir de um sonho, não é fácil, mas devemos sempre pensar o quanto seria difícil insistir em um sonho que te causaria dor e limitação, assim foi a análise que fiz ao decidir mudar de profissão. É tudo tão diferente, começar a refazer a sua vida, depois de adulta, é realmente complicado, voltar a faculdade depois de “velha” é meio estranho, mas sempre que vem as dificuldades, eu imagino, o quanto seria mais difícil não fazer nada e não buscar por nada, uma vida sem objetivos é um tanto vazia e sem sentido.
O apoio familiar é essencial, ter apoio e ser tratada com naturalidade, companheirismo e compreensão, é algo fundamental para uma pessoa com AR. Na minha casa e na minha família, eu sou eu, não sou a pessoa com artrite. Mas o mundo lá fora é cruel, quando a artrite reumatoide chega ela vira nossa vida, de cabeça pra baixo, pois tudo muda, as pessoas mudam, o mundo muda, mas aquelas nos amam, não mudam, eles cuidam. E nós precisamos aprender a dar a volta por cima e encontrar um novo sentido e razão na vida. Não se entregue a AR, lute, readapte sua vida e dê também a volta por cima.
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Minha vida mudou muito! Deixei de ser a pessoa topa tudo, companheira de bar, sentada por horas e horas jogando conversa fora e tomando umas cervejas!! Os “amigos” não conseguem entender, que vc. não pode mais beber, q. se cansa, ficando muito tempo na mesma posição, que seus pés incham, por ficarem pendurados! Que vc. precisa se alimentar corretamente, pois os remédios são forte e não admitem “petiscos”! Enfim, vc. passa a ser a ” chata ” da turma! Conclusão: afastamento e os convites começam a minguar até desaparecer!
Como moro em local de praia e a maioria dos “amigos” só estão presentes nos feriados e temporadas, eles não querem saber de problemas!!!
Ainda bem, que tenho meu marido, super companheiro, que sempre me compreendeu e apoiou!
Hoje após quase 8 anos de tratamento, estou em remissão medicamentosa, já posso sair para pescar, posso ficar de pé com tranquilidade e vou levando a vida, tendo hoje a certeza que temos muitos conhecidos, mas bem poucos amigos!!!