- Febre alta – maior que 38,5 graus
- Manchas vermelhas no corpo todo, que aparecem geralmente 14 dias depois do contato com o vírus
- Sintomas respiratórios: coriza e tosse
- Sintomas nos olhos: Conjuntivite, sensibilidade à luz e lacrimejamento
- Pequenos pontos brancos na mucosa da boca (manchas de Koplik)
Por que a doença é perigosa?
Além do risco de morte, o sarampo pode afetar o sistema imunológico, aumentando o risco de desenvolver outras doenças infecciosas, e é capaz de causar complicações neurológicas que podem deixar sequelas.
Quais as áreas mais afetadas?
Até o dia 17 de julho de 2018, 444 casos foram confirmados no Amazonas e 216 em Roraima, todos importados. Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados nos estados de São Paulo (1), Rio Grande do Sul (8); e Rondônia (1). Até o momento, o Rio de Janeiro informou ao Ministério da Saúde, oficialmente, 7 casos confirmados.
Como é a vacina?
A vacina que previne o sarampo é a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), uma vacina feita com vírus vivo atenuado. Para ser considerado protegido, o indivíduo dever ter tomado duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, independentemente da idade.
Como é o esquema de vacinação?
- Crianças: uma dose aos 12 meses e aos 15 meses de idade
- Quem não foi vacinado na infância: duas doses com intervalo mínimo de 30 dias entre elas
O sarampo confere proteção permanente, ou seja, pessoas com histórico confirmado da doença não precisam se vacinar. Como a maioria das pessoas com 50 anos ou mais provavelmente já teve sarampo, o Ministério da Saúde disponibiliza duas doses da vacina para todos até 29 anos de idade e dose única para aqueles entre 30 e 49 anos.
Quem não pode receber a vacina?
- Gestantes
- Pessoas imunossuprimidas por doença ou por medicação
- Certos grupos de pessoas que vivem com HIV
- História de alergia grave à vacina ou algum de seus componentes
Como ficam os portadores de doenças reumáticas?
Nem todas as doenças reumáticas são tratadas com imunossupressores ou causam imunossupressão. Os portadores de fibromialgia, artrose, gota, tendinite ou bursite, entre outras, podem se vacinar conforme a recomendação para pessoas saudáveis.
Existem também aquelas doenças reumáticas que alteram o sistema imunológico ou que precisam de tratamento imunossupressor, como artrite reumatoide, artrite psoriásica, lúpus, espondilite anquilosante, esclerodermia, vasculites, polimialgia reumática, dermatomiosite, polimiosite, entre outras. Nestes casos é necessário fazer uma avaliação individualizada do risco e do benefício da vacinação, analisando-se o tipo de doença, o seu grau de atividade e o nível de imunossupressão do tratamento. Os pacientes são divididos em 3 grupos:
- Não imunossuprimidos: pessoas com doença controlada sem medicação, ou em uso de sulfassalazina, hidroxicloroquina, corticoide tópico, inalatório, peri ou intra-articular.
- Baixo grau de imunossupressão: uso de prednisona em dose menor que 20mg ao dia por menos de 2 semanas, ou metotrexato menor do que 20mg por semana, ou leflunomida 20mg ao dia.
- Alto grau de imunossupressão: uso de prednisona em dose maior do que 20mg ao dia, pulsoterapia com metilprednisolona, micofenolato mofetil, ciclosporina, tacrolimus, azatioprina, tofacitinibe ou biológicos (infliximabe, etanercepte, golimumabe, certolizumabe, adalimumabe, abatacepte, tocilizumabe, ustequinumabe, belimumabe, secuquinumabe). Estes pacientes não devem ser vacinados enquanto estiverem em uso destas medicações.
A primeira vacina pode ser feita para as pessoas não imunossuprimidas conforme as recomendações da rotina. Já as pessoas com baixo ou alto grau de imunossupressão possuem um risco de contrair a doença pela vacina, e só poderão recebe-la com orientação do reumatologista, após suspender as medicações durante um intervalo de segurança. Em outras palavras, o reumatologista orienta o paciente a suspender por um tempo a medicação, ele recebe a vacina e reinicia o medicamento 4 semanas depois. Este intervalo de suspensão varia conforme o medicamento. NUNCA suspenda o seu tratamento por conta própria, sempre consulte o seu médico para tomar qualquer decisão, pois isso pode trazer graves consequências!
Quem tem baixo grau de imunossupressão e já foi vacinado uma vez, poderá receber o reforço após avaliação do reumatologista para considerar os riscos e benefícios.
Qual o intervalo de descontinuidade dos medicamentos imunossupressores para aplicação das vacinas atenuadas?
Medicamento
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Intervalo entre Suspensão e Vacinação
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Prednisona > 20mg/dia ou
Pulsoterapia com metilpredinisolona |
Pelo menos 1 mês
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Sulfassalazina, hidroxicloroquina, metotrexato menor ou igual a 20mg/semana, leflunomida
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Nenhum
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Metotrexato > 20mg/semana
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1 mês
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Ciclofosfamida, Ciclosporina, Micofenolato de Mofetil, Tracrolimus, Azatioprina
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Pelo menos 1 mês
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Tofacitinibe
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2 semanas
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Infliximabe
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45 dias
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Etanercept
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25 dias
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Golimumabe
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70 dias
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Certolizumabe
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70 dias
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Abatacept
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70 dias
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Belimumabe
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105 dias
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Ustequinumabe
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105 dias
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Canaquinumabe
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105 dias
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Tocilizumabe
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65 dias
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Rituximabe
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6 meses
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Adalimumabe
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70 dias
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A melhor maneira de prevenir a doença é com a vacina. As pessoas que não podem tomá-la podem seguir as seguintes recomendações para diminuir a chance de contrair a doença:
- Lavar as mãos com frequência
- Se não tiver água e sabão, utilizar álcool gel
- Evitar tocar os olhos, nariz e boca. Se precisar tocar o rosto, certificar-se de que as mãos estão limpas
- Cobrir a boca e o nariz ao tossir
- Evitar contato com pessoas doentes
Para mais informações sobre doenças reumáticas, acesse: www.reumatocare.com.br/doencas
Artigo originalmente postado por ReumatoCare
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