Hoje comemora-se o “Dia do Amigo” recebi inúmeras mensagens por todos os meios digitais e pela impossibilidade de responde-las individualmente resolvi escrever aqui.
Uma frase do filosofo chinês Confúcio é a realidade da pessoa que descobre ter uma doença ou passa por um momento de dificuldade.
Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade. Confúcio
Quando passamos a viver a condição de “pacientes” junto com o impacto do diagnóstico, vem o impacto da revelação de quem são as pessoas que julgamos ser amigos. A pessoa que é realmente nosso amigo, em nenhum momento questiona a nossa nova condição, mas a pessoa que pensamos ser amigos e não são, logo, manifestam comportamentos que para nós pacientes, são verdadeiros “tapas na cara”, é muito comum os ditos amigos duvidarem da nossa dor, desprezarem a nossa condição diferenciada. Lembro quando tive o diagnóstico, eu tinha tantos amigos, principalmente do trabalho, eu trabalhava em 3 hospitais, logo, eu convivia mais com meus colegas de plantão do que com minhas irmãs e quando fiquei doente, o primeiro olhar que tive desses amigos, foi a desconfiança “será tudo isso mesmo?” “dói tanto assim?” “será mesmo que ela doente?”, e o tempo foi passando até que se convenceram que realmente era uma doença e não uma frescura e então, manifestaram outro péssimo comportamento “a penalização”.. Gente, não tem nada pior do que ser tratado e ser visto como “coitadinhos”, então, concluí que esses não eram e nunca foram meus amigos, eles eram conhecidos. Amigos foram aqueles que estiveram sempre do meu lado, aqueles que fogem de suas enfermarias para me visitar enquanto internada, aqueles que quando estou internada ligam a caminho do hospital para perguntar se precisava de algo. Os amigos se revelam de fato diante da dificuldade.
Eu aprendi a identificar os meus “amigos” e mais do que nunca separar os “conhecidos dos amigos”.
Mas algo muito importante e de muito valor que a doença me trouxe, foram amizades companheiras. Minha primeira amiga de AR foi a Nathaly Fernandes, a segunda foi a Rosângela Prebianchi e a terceira a nossa saudosa e falecida Malu, a partir de então, a AR me trouxe amizades espetaculares, amizades sinceras, amigos sempre presentes e principalmente amigos que entendem e não julgam. Claro que na vida não AR, os amigos que ficaram foram aqueles que de fato eram “amigos”. Uma fase muito impactante pra mim foi o ano de 2009 quando tive várias e várias internações longas, e então, alguns que super frequentavam as festinhas na minha casa, nem se pronunciaram, nem um sms, nem um telefonema, claro que teve muitas manifestações de apoio e até um que mandou um livro “Lua Nova do Crespúculos” enorme, e com um bilhetinho que era lançamento e iria me ajudar a passar o tempo, mas eu estava sem enxergar, como iria ler, porém, super reconheci a intenção e carinho dele, foi o Rafael que fez isso. Mas enfim, minha mensagem é; Não se deixe expor por falsos amigos, a amizade é como o amor “se não é companheiro, não é amigo”.
Não caminhe detrás de mim, posso não te guiar. Não ande na minha frente, posso não seguir-te. Simplesmente caminhe ao meu lado e seja meu amigo. Albert Camus
A doença me deu de presente uma rede enorme de grandes amigos, de amigos distantes, amigos ditos virtuais mais que são tão, tão reais, na história do EncontrAR a amizade e companheirismo é nossa maior bandeira, formamos grandes amizades, mesmo que distantes, são amigos sempre presentes. Hoje o EncontrAR se tornou uma rede enorme de amigos, amigos para todas as horas, amigos que sofremos juntos, choramos juntos, quantas e quantas vezes fui pega aqui em casa pelas minhas irmãs chorando diante do notebook, porque nossa amizade é verdadeira, nosso carinho é verdadeiro e para nós moderadoras do EncontrAR nosso dia é repleto de uma carga emocional muito grande, porque temos tantos amigos para ajudar, para ouvir, para orientar e muitas vezes, nos sentimos “impotentes” por não podermos tirar a dor de todos e resolver todos os problemas. Mas saibam, que o sentimento das moderadoras do EncontrAR é sempre esse de amizade, de amor, de companheirismo, de gente que entendem o que vocês falam, porque vivemos o que vocês vivem. A amizade dentro do EncontrAR é nosso porto seguro!!!
Super agradeço a Deus pelas pessoas maravilhosas que a doença me trouxe, em especial as meninas que estão sempre andando ao meu lado, a Nathaly e a Rosangela que me aturam há quase 7 anos, a Ana Lucia Marçal que está comigo há 3 anos, em 3 anos vivemos tantas coisas juntas, tantas vitórias e tantas dificuldades superadas. A Silente e a Lilian que chegaram no grupo um pouquinho depois, mas que também estão sempre presentes. Luciana Holtz e Soraya Araujo que foram grandes e importantes incentivadoras para o crescimento do trabalho do EncontrAR e duas grandes amizades que a AR me deu de presente. Nossa Sô, não tenho nenhuma foto sua 🙁
E gente, chega de nomes… porque teria que escrever páginas e páginas..
Eu agradeço a todo o carinho e amizade de todos os membros, associados e seguidores do EncontrAR. O Apoio, Carinho e a Gratidão que recebemos de vocês nos enche de forças para continuarmos!! Porque muitas vezes a carga emocional e as energias negativas que jogam sobre a gente é tão grande que me trazem a reflexão, “parar ou não para o EncontrAR” e toda vez que penso em parar com o EncontrAR recebemos uma resposta cheia de carinho e gratidão e isso de fato nos fortalece.
Feliz Dia do Amigo Família EncontrAR.
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Amo muito tudo isso…
obrigada por estar em minha vida.
Obrigada a vcs por terem feito essa rede de apoio, carinho, amizade, esclarecimentos e muita compreensão! Obrigada pala amizade de vcs. Bjs carinhosos pra todas.