É comum pensarmos que as doenças reumáticas acometem apenas os adultos e principalmente os idosos. Porém, crianças e adolescentes podem sofrer de reumatismo, que se não diagnosticado e tratado precocemente pode causar sequelas irreversíveis.
Conforme a médica reumatologista e presidente da Sociedade Catarinense de Reumatologia (SCR), Mara Suzana Cerentini Loreto, as doenças reumáticas que mais atingem as crianças são as do tipo inflamatórias, que são incuráveis e autoimunes. A Sociedade Brasileira de Reumatologia estima que uma a cada 500 crianças ou adolescentes podem sofrer com as doenças reumáticas.
A médica especialista em reumatologia pediátrica Fabiane Mitie Osaku, de Florianópolis, diz que é importante que os pais não confundam “dor de crescimento” com doenças reumáticas. “A dor do crescimento é uma patologia benigna da infância, que deve ser diferenciada de outras doenças. Existem sintomas bem específicos que podem ser observados no dia a dia das crianças e adolescentes e dar indícios de que é necessário a procura por um médico reumatologista”, explica a especialista.
Principais sintomas:
– Dores articulares que mudam o estilo de vida, que atrapalham o dia a dia;
– Febre prolongada de origem não identificada;
– Alterações cutâneas;
– Aumento de volume (inchaço) nas articulações.
Dentre as doenças reumáticas mais comuns estão a Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) e a Púrpura de Henoch-Schönlein (PHS). A AIJ é uma doença crônica articular que causa incapacidade e pode acometer os olhos (uveíte). Já a PHS é a vasculite mais frequente da faixa etária pediátrica, seguida pela Doença de Kawasaki. “Com o avanço da medicina e da tecnologia, os diagnósticos são realizados precocemente e, somados às terapias multidisciplinares e medicamentosas, crianças e adolescentes apresentarão menos sequelas e melhor qualidade de vida”, complementa a médica Fabiane.
Então, fica o alerta da Sociedade Catarinense de Reumatologia aos pais: atenção aos sintomas, para procurar o quanto antes um profissional especializado e, assim, realizar o diagnóstico correto – evitando sequelas futuras.
Fonte: Segs
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