Você sabia que as fontes alimentares de Vitamina D, na maioria dos casos, não são suficientes para suprir as necessidades do organismo1 e que cerca de 67% da população na América Latina têm níveis inadequados de vitamina D no organismo2 ?. A SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia e a AAD (American Academy of Dematology) recomendam que o sol não seja a principal fonte de reposição da vitamina por aumentar o risco de câncer de pele,3-4 por esse motivo, o médico Marcelo de Paula chama atenção para formas seguras de repor a vitamina, desde que seja detectado por exame específico essa necessidade.
“Parte da produção da vitamina D é produzida na pele pela ação dos raios ultra-violetas (UV). O uso de protetores solares – que é consenso e recomendação médica não só para o verão, mas para todo ano – bloqueiam a ação dos raios em até 95% aproximadamente, dependendo do fator de proteção e, com isso, há redução da absorção dessa vitamina. Desta forma, a prevenção da deficiência e reposição da vitamina no organismo pode feita por meio de dieta ou suplementos”, explica Marcelo.
Todo dia é dia D
Tratando-se de ingestão de alimentos ricos em vitamina D, estima-se que uma dieta saudável, rica em gema de ovo, fígado e peixes (como salmão, atum e sardinha), leite integral, cogumelos, entre outros, sejam suficientes para alcançar plenitude em vitamina D, porém isso nem sempre acontece5. Para estes casos, é essencial conhecer o paciente, considerando sua faixa etária e necessidades para tratar e/ou prevenir a hipovitaminose D de forma adequada6. “50g de carne de boi, por exemplo, fornecem aproximadamente 4 UI de vitamina D, assim como 200 mL de leite fornecem 5 UI de vitamina D ou até mesmo o ovo, que fornece apenas 30 UI de vitamina D. Considerando estes valores, a dieta necessitaria ser alterada para que níveis significativos de vitamina D fossem alcançados”, explica Dr. Marcelo.
O médico ainda complementa dizendo que “é imprescindível manter o equilíbrio da vitamina D para uma boa saúde, já que melhora a calcificação óssea e força muscular, além de reduzir fraturas e risco de quedas em idosos. E estudos indicam relação da vitamina com equilíbrio do sistema imunológico, especialmente em doenças com função imunológica, como as neoplasias: cólon, próstata, mama, pâncreas; as doenças autoimunes: diabetes, artrite reumatoide, esclerose múltipla, doença de Crohn; e doenças cardiovasculares esclarecem.
Referências consultadas:
1- Holick MF. High prevalence of vitamin D inadequacy and implications for health. Mayo Clin Proc. 2006;81(3):353-73.
2- Russo LA, et al. Concentração plasmática de 25 hidroxivitamina D em mulheres na pós- menopausa com baixa densidade mineral óssea. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2009;53(9):1079-87
3- American Academy of Dermatology. Position statement on vitamin D. Disponível em: http://www.aad.org/forms/policies/Uploads/PS/PS-Vitamin%20D%20Postition%20Statement.pdf. Acesso em: dez. 2016.
4- Sociedade Brasileira de Dermatologia. Consenso Brasileiro de fotoproteção. Disponível em: http://www.sbd.org.br/down/ConsensoFotoprote%C3%A7%C3%A3oMed.pdf. Acesso em: dez. 2016
5- Bueno AL, Czepielewski MA. The importance for growth of dietary intake of calcium and vitamin D. J. Pediatr. 2008;84(5):386-394.
6- Holick MF, et al. Evaluation, treatment, and prevention of vitamin D deficiency: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2011;96(7):1911-30.
Fonte: Segs
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