O uso indiscriminado de medicamentos, especialmente os antibióticos, tem configurado uma preocupação global. Além de oferecer inúmeros riscos à saúde, esse tipo de conduta contribui diretamente para um índice crescente de contaminações por superbactérias, que se tornam cada dia mais resistentes aos tratamentos disponíveis. Além da conscientização da população em larga escala sobre esse uso racional, os diagnósticos mais assertivos, como os proporcionados pelos testes sindrômicos realizados por meio de PCR em tempo real, surgem como uma alternativa eficaz para ajudar a reverter este cenário.
É o que explica Allan Munford, gerente regional LATAM de Marketing para Diagnósticos Sindrômicos da QIAGEN, multinacional responsável por trazer ao país esse tipo de solução de testagem. Segundo ele, fora os quadros de intoxicação, alergias, entre outras situações que podem levar até a morte, o uso indiscriminado de medicamentos tem o risco de trazer um grande impacto global no manejo de doenças antes causadas por bactérias já conhecidas, mas que se tornaram imunes ao longo dos anos.
“De acordo com o estudo Review on Antimicrobial Resistance, encomendado pelo governo britânico, essas bactérias podem ser responsáveis por 10 milhões de mortes anuais em todo o mundo até 2050. A promoção de diagnósticos rápidos, que ajudem a reduzir o uso desnecessário de antibióticos, está entre as principais estratégias para conter a evolução desses microrganismos e é uma das principais vantagens oferecidas pelos testes sindrômicos de PCR em tempo real”, comenta o executivo.
Ao identificar, em até uma hora, diferentes agentes causadores de sintomas respiratórios, gastrointestinais e até mesmo os casos de suspeita de meningite, as soluções de testagem sindrômicas, como o QIAstat-Dx, da QIAGEN, conseguem diferenciar os principais patógenos entre bactérias, vírus e fungos, indicando, inclusive, quando a infecção é causada por mais de um agente ao mesmo tempo.
“Os testes de PCR em tempo real conseguem identificar diretamente o DNA ou RNA do agente causador da doença, o que torna esse diagnóstico muito mais preciso do que apenas uma análise clínica ou outros testes que levam mais tempo para fornecer os resultados. De acordo com a conduta clínica para cada caso e sintoma, a testagem é feita de maneira diferente, podendo ser por swab nasofaríngeo, em casos respiratórios, coleta de fezes, quando os sintomas são gastrointestinais, ou ainda, por meio de uma coleta do líquido cefalorraquidiano, a partir de uma punção na lombar, para as suspeitas de meningite”, complementa Munford.
Nesse sentido, nos casos em que o paciente esteja infectado por um vírus, por exemplo, a administração de antibióticos não é indicada, pois além de não surtir efeito, ainda é capaz de contribuir para a resistência bacteriana. Já em casos bacterianos, o uso precoce do medicamento correto pode evitar as sequelas e a redução dos casos fatais.
“A eficácia e precisão desses exames ajudam a diminuir o tempo de permanência do paciente na unidade de saúde, reduzem as internações e, consequentemente, a exposição dessas pessoas a outros patógenos presentes no ambiente hospitalar”, conclui o executivo.
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