Crosslinking é um procedimento simples que pode retardar a indicação do transplante de córnea para quem sofre de ceratocone, doença que afeta o formato da córnea
O Ministério da Saúde incorporou um procedimento rápido e pouco invasivo para tratar o ceratocone, doença que pode causar deformidade da córnea. A nova técnica, conhecida como crosslinking corneano, tem capacidade de deter a evolução da doença. Ceratocone é degenerativa pode levar a progressiva perda do campo de visão, comprometendo a qualidade de vida da pessoa. A Portaria, que teve como base a recomendação técnica da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), foi publicada nesta quinta-feira (22/9).
Estima-se que, por ano, 2.434 pessoas acometidas por ceratocone podem ser tratadas com a técnica incorporada ao Sistema Único de Saúde. O método é uma possibilidade terapêutica para conter o avanço da doença progressiva, com o objetivo de retardar a perda da visão do paciente e evitar ou adiar a necessidade de transplante de córnea.
O procedimento será incluído na tabela SUS mediante a publicação de um protocolo de uso, que se encontra em elaboração. Por meio do crosslinking corneano, é possível aumentar a rigidez do tecido da córnea com a retirada de algumas células superficiais, seguida da aplicação de colírio de riboflavina (vitamina B2) e da irradiação de luz ultravioleta na região por cerca de 30 minutos. O procedimento estabiliza a córnea, pois aumenta a força de ligação entre suas células.
Para saúde ocular da população, o SUS oferece cirurgias para tratar ceratocone por implante intraestromal, a catarata e o glaucoma. Neste ano já foram realizadas 234.405 cirurgias para tratar a catarata e 7.113 cirurgias para glaucoma. O SUS também oferece tratamento medicamentoso para glaucoma, só neste ano já foram feitos 331.127 tratamentos.
Confira a portaria de incorporação ao SUS.
Fonte: Portal da Saúde
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