Abril, 2022 – A vacinação é seguramente uma das grandes conquistas do mundo moderno, mas ainda é alvo de algumas polêmicas alimentadas por notícias falsas ou desinformação. E o tema da imunização ganha destaque a partir do último sábado (23 de abril), quando começou a 20ª Semana de Vacinação das Américas. A data, criada em 2002 pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), ganhou força em 2012, quando foi estendida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para todo o planeta, tornando-se a Semana Mundial de Imunização, que este ano está em sua 11ª edição.
As vacinas são ferramentas eficazes e seguras que estimulam o organismo a produzir defesas contra determinadas doenças. De maneira simplificada, podemos dizer que vacinas são desenvolvidas para estimular o sistema imune na produção de anticorpos contra vírus e bactérias e gerar uma memória de resposta imunológica que, por sua vez, leva a uma maior proteção do indivíduo contra a ação de agentes infecciosos. Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que as vacinas evitam de dois a três milhões de mortes anualmente (uma média de quatro por minuto).
“É um recurso indispensável para a saúde individual e pública. Através da imunização, é possível prevenir infecções e impedir que várias doenças se espalhem por um território”, explica Dr. Luís Alberto Verri, pediatra do Vera Cruz Hospital e especialista em vacinas.
“Quando grande parte da população é vacinada, os agentes infecciosos encontram mais dificuldades para se propagar, o que indiretamente protege quem ainda não se vacinou ou aqueles para os quais a vacina não foi totalmente efetiva. Conforme a porcentagem de pessoas vacinadas aumenta, conseguimos a chamada imunidade de rebanho, e, com isso, a tendência é que o registro da doença caia vertiginosamente ou que se chegue à erradicação. Foi através dos programas de vacinação que conseguimos erradicar a varíola e controlar o sarampo, rubéola e poliomielite”, destaca.
Mesmo com os benefícios que pode proporcionar à população, nos últimos dez anos, a cobertura vacinal vem diminuindo significativamente no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, no último ano, a porcentagem de pessoas vacinadas foi de 60,7%. O índice de vacinação ideal é acima de 90%. Em Campinas, os números estão um pouco acima da média nacional, mas também abaixo do esperado: 74,5% da população está em dia com o calendário.
Sobre os possíveis motivos para a queda, Dr. Verri cita o impacto das fake news, que infelizmente começaram a circular com mais força durante a pandemia, em função da chegada das novas vacinas contra o coronavírus. As notícias falsas geram insegurança desnecessária, e muitos pais acabaram deixando de levar os filhos para receberem até mesmo as vacinas básicas do calendário nacional de imunização, por medo de irem ao posto de saúde ou por receio das reações que as vacinas poderiam causar. “Outro ponto é que o controle de muitas doenças fez com que a ameaça que elas representavam para a sociedade fosse esquecida. Recentemente, porém, tanto no Brasil como no mundo, houve um surto de sarampo, doença grave que poderia ser prevenida com a vacinação. A baixa cobertura vacinal contra sarampo abriu portas para a doença voltar”, pontua.
Na visão do especialista, a queda na vacinação é um problema de saúde mundial. “Com os números abaixo do ideal, os vírus tendem a circular com mais facilidade, a população fica mais vulnerável, e doenças controladas ou com baixa incidência podem retornar, causar surtos ou terem desdobramentos graves que podem deixar sequelas e até mesmo causar mortes”.
A enfermeira auditora Ana Carolina de Castro, de 42 anos, por exemplo, segue as recomendações para não trazer perigo para si, aos filhos e aos próximos. “Tenho dois filhos e sigo as datas do calendário de vacinação. Acho importante manter a carteirinha em dia e aplicar todos os imunizantes indicados. Além daquelas distribuídas gratuitamente pelo governo, também dou as vacinas da rede particular, que possuem alguma cepa a mais em sua composição e são mais completas”, detalha.
A enfermeira conta que um sobrinho contraiu uma doença que poderia ser prevenida pela vacina e destaca a importância do imunizante. “Ele teve coqueluche quando tinha meses, mas até hoje não se sabe a causa. Nunca estamos livres das doenças. Além dos cuidados diários, as vacinas são a nossa forma de proteção”, conclui.
Vacinas
De acordo com o Dr. Verri, ao longo dos anos, os imunizantes ajudaram na redução da mortalidade por doenças passíveis de serem prevenidas pela vacinação. “No século passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu a vacinação como a mais importante ação de saúde pública para a humanidade. Estima-se que, somada ao saneamento básico, ambas são responsáveis, no último século, pelo aumento da expectativa de vida em cerca de 30 anos”.
As vacinas podem evitar contágio ou evitar agravamento de várias doenças e salvar vidas. “É muito importante esclarecer a população sobre a segurança da vacinação. Uma vacina, para ser lançada, passa por pesquisas e rigorosos processos de avaliação e controle para só então ser disponibilizada”, esclarece.
Existem calendários de vacinação recomendados para todas as faixas etárias: prematuros, bebês, crianças, adolescentes, mulheres, homens, idosos. E há vacinas recomendadas também para gestantes. “A gestante, uma vez imunizada, passará anticorpos para o bebê durante a gestação. É como se a mãe ‘emprestasse’ anticorpos ao recém-nascido por um período, e as vacinas do calendário infantil chegam para complementar essa proteção”, adiciona.
Dr. Luis Alberto Verri esclarece, no entanto, que nem todas as vacinas que são produzidas estão à disposição da população no Sistema Único de Saúde (SUS) e que algumas, como a vacina contra meningite tipo B ou a versão quadrivalente da vacina contra Influenza, são encontradas em clínicas particulares. “O governo oferece vacinas contra os tipos de vírus ou bactérias com maior incidência no país ou contra doenças que levam a altos índices de mortalidade e letalidade. Algumas vacinas são disponibilizadas em situações específicas, em caso de surtos, por exemplo, ou em determinadas épocas para grupos prioritários de risco ou conforme faixa etária, como é o caso da vacina trivalente contra Influenza, popularmente conhecida como vacina da gripe”.
Existem vacinas que ainda não estão inclusas na rede pública, e quando os pais decidem imunizar os filhos contra essas doenças, é necessário recorrer a clínicas da rede privada. Na rede privada, ainda há também algumas opções de vacinas conjugadas.
Conferir a carteirinha de vacinação, tanto de crianças quanto de adultos, é algo que deve ser levado muito a sério. “É muito importante checar se as vacinas estão realmente em dia, conferindo também se as doses de reforço foram aplicadas. Completar o esquema vacinal é muito importante para que a vacina possa oferecer níveis adequados de proteção. E, hoje em dia, com tantas vacinas disponíveis, é impensável ver casos de hospitalização ou morte por doenças que poderiam ter sido evitadas através da imunização”, conclui.
Sobre o Vera Cruz Hospital
Há 78 anos, o Vera Cruz Hospital é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. A unidade dispõe de 154 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade, e ainda conta com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz. Em quase cinco anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia, tendo, inclusive, ultrapassado a marca de mil cirurgias robóticas, grande diferencial na região e no interior do Brasil. Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais. Há 35 anos, o Vera Cruz criou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association. Em abril de 2021, o Hospital conquistou o Selo de Excelência em Boas Práticas de Segurança para o enfrentamento da Covid-19 pelo Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde (IBES) e, em dezembro, foi reacreditado em nível máximo de Excelência em atendimento geral pela Organização Nacional de Acreditação.
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p align=”justify”>Fonte: Assessoria de imprensa – WGO Comunicação.
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