A saúde masculina pode ficar em segundo plano em meio a todas as discussões sobre bem-estar veiculadas nas mídias de massa. Mas algumas campanhas voltadas para a conscientização masculina buscam reverter esse quadro.
Os homens são, estatisticamente, menos propensos a visitar consultórios médicos para exames de rotina. Como uma taxa de mortalidade superior aos seus pares femininos, é possível dizer que a saúde masculina está sob risco.
As principais causas de óbito nessa população são lesões, contato com substâncias tóxicas, doenças do sistema digestivo, problemas cardiovasculares e patologias infecciosas e parasitárias. Em média, os homens vivem cerca de sete anos a menos que as mulheres.
Outro dado preocupante quanto à saúde masculina é o número de internações. Excluindo as intervenções relacionadas à gravidez, em torno de 51% das internações correspondem ao sexo masculino, número que salta para 76% nos casos de lesões e intoxicação.
No campo das doenças infecciosas, causadas por vírus e bactérias, os dados oficiais de 2015 revelaram 65% como a taxa de hospitalização de portadores de HIV em estado grave do sexo masculino, em comparação com pacientes do sexo feminino.
Causas de mortalidade comuns entre homens e mulheres, em especial nas populações de meia idade, como câncer e complicações cardíacas, também afetam a população masculina de modo diferenciado, com 70% de óbitos por infarto representando este grupo.
Categorias de tumores que atingem o aparelho respiratório, com o câncer de pulmão figurando entre os mais agressivos, matam mais homens do que mulheres anualmente, uma fatia de 54%, segundo dados oficiais de observatórios nacionais da saúde.
Com todos esses indicadores reunidos, a importância de uma clínica médica integrada à comunicação com o público masculino é evidente, fundamental para identificar as raízes desse quadro e como abordá-lo da melhor forma.
Por que os homens estão em risco?
As causas apontadas para a alta taxa de mortalidade masculina variam desde aspectos do comportamento, estilo de vida, até a composição genética e fisiológica dessas populações, tais como o funcionamento do sistema imune e predisposição para mutação no DNA.
No campo comportamental, os problemas que desencadeiam o agravamento de doenças comuns para cada faixa etária são encontrados, em análise de serviço de enfermagem, com maior frequência nos hábitos diários dos homens, como:
Alimentação inadequada
A alimentação é o principal vetor das condições mais mortíferas nas sociedades contemporâneas, que são as doenças cardiovasculares e tumores malignos. O desequilíbrio na ingestão de nutrientes tem a capacidade de provocar reações em cadeia no organismo.
O grupo de elementos essenciais para o funcionamento do corpo, que não são produzidos por ele e, portanto, dependem da ingestão de fontes externas, como alimentos veganos, é formado pelos carboidratos, proteínas, vitaminas, minerais, fibras, gorduras e a água.
A ausência ou excesso desses componentes pode desencadear distúrbios locais que afetam outras regiões e órgãos, desestabilizando o corpo inteiro. Os maus hábitos alimentares estão associados ao consumo de industrializados e horários desordenados.
Alimentar-se adequadamente vai além do emagrecimento e estética, uma demanda crescente em grupos mais jovens que desejam melhorar a aparência por meio de harmonização facial em homens e outros procedimentos.
Buscar uma alimentação correta reduz o risco das doenças causadoras da mortalidade masculina. O consumo exagerado de industrializados, ricos em sódio e açúcar, une-se ao alto volume de bebida alcoólica e cigarro em muitos homens.
Maior tolerância ao perigo
A proeminente maior tolerância ao risco é um fator amplamente observado em pesquisas da Psicologia Social quanto aos comportamentos mais frequentes entre homens e mulheres. A combinação entre maior extroversão e menor neuroticismo acentua a tendência.
Enquanto a extroversão é um indicador de personalidade que analisa a abertura do indivíduo para experiência sensorial, o que influencia sociabilidade e impulsividade, o neuroticismo mede a percepção individual de risco no meio externo.
Esse perfil de pessoa apresenta uma significativa tolerância ao risco, o que a faz subestimar sua condição real de saúde. As consequências deste ponto de vista são visitas menos frequentes e atraso na comunicação de sintomas que indicam patologias sérias.
Apesar de ser encontrado em homens e mulheres, essa combinação de traços cognitivos é mais comum no sexo masculino, um indicador apontado como um dos fatores que aumentam a mortalidade de homens adultos.
Além da omissão decorrente desta perspectiva, um nível elevado de tolerância ao risco pode impelir o indivíduo a engajar-se em atividades perigosas, uma justificativa para a predominância de internações causadas por lesões e exposição a compostos tóxicos.
Resistência ao tratamento
A maior incidência de internações provocadas por complicações em quadros clínicos e o consequente óbito da população masculina também pode ser explicada pela maior resistência a tratamentos farmacológicos.
Ainda que por meio de cosméticos orgânicos ou substância tradicionalmente empregadas na medicina corretiva, o perfil de pacientes que não cumprem com a rotina medicamentosa, seja em termos de horários ou aplicações, é mais encontrado entre os homens.
Muitos abandonam tratamentos de médio ou longo prazo, diminuem o impacto de proibições médicas que restringem o movimento ou consumo de determinados alimentos, além de administrar as aplicações de remédio nas doses incorretas.
Como reverter essa tendência?
Uma série de cuidados podem aumentar a longevidade e proporcionar uma melhor qualidade de vida para a população masculina.
O primeiro passo pode ser a revisão de hábitos diários e a consequente adesão a estilos de vida mais saudáveis.
Além disso, é necessário contextualizar a análise de hábitos com base na faixa etária e no estilo de trabalho, família e outros elementos imutáveis da rotina. Em geral, alguns dos cuidados aplicáveis desde a juventude até a terceira idade, são:
1 – Consuma nutrientes nas porções corretas
Identificar as quantidades exatas de nutrientes consumidos durante o dia pode ser uma tarefa difícil para muitas pessoas. Por essa razão, é importante buscar a ajuda de um profissional nutricionista para adaptar a dieta às suas necessidades.
Os homens consomem uma média de calorias superior às necessidades calóricas das mulheres, diferença justificável pelo funcionamento ágil do metabolismo, capacidades respiratórias e desenvolvimento muscular mais proeminente no sexo masculino.
Investir em uma loja de produtos naturais pode ser uma opção mais saudável, além de um incentivo para a troca de alimentos industrializados por alternativas mais orgânicas, contendo teores menores de sal e açúcar.
A má alimentação, a longo prazo, está associada a danos mais graves à saúde do que aqueles causados pela nicotina, um grande fator de risco para o desenvolvimento de tumores no aparelho respiratório.
2 – Diminua o consumo de álcool
O consumo excessivo de álcool pode provocar sobrepeso, distúrbios no trato digestivo causados pelo desgaste das paredes do estômago e fígado, problemas cardiovasculares, além de aumentar o risco de lesões causadas por acidentes.
Outros efeitos colaterais do meu hábito são desequilíbrios hormonais que desencadeiam manifestações cutâneas, quadro que pode gerar a necessidade de remédio manipulado para acne em homens adultos.
Diminuir o consumo de álcool às doses recomendadas por órgãos de saúde é uma melhoria associada ao melhor funcionamento do sistema nervoso, reduzindo riscos para desenvolvimento de problemas neurológicos como Alzheimer e Parkinson.
3 – Atente-se para a saúde mental
Os problemas mentais decorrentes do estresse e assimilação de emoções negativas são preocupantes na população masculina, com taxas de suicídio elevadas em comparação com as mulheres. O medo de censura social está entre os agravantes.
O homem deve cuidar de sua saúde mental como cuida do corpo. Os exercícios físicos, por exemplo, devem ser acompanhados por ações que reduzam o estresse diário, como a prática de hobbies, engajamento em atividades sociais e uma boa rotina de sono.
Práticas que unem estética e bem-estar, como drenagem linfática masculina, também são opções de prevenção contra o esgotamento mental. Em caso de sintomas, a consulta com um profissional especializado não deve ser desprezada.
4 – Mantenha-se hidratado
O consumo de água é tão essencial para o funcionamento do corpo quanto qualquer nutriente. Consumir líquidos nas quantidades recomendadas pode ser um desafio, devido ao mínimo estipulado é maior.
O hábito da ingestão de água previne:
- Cansaço e cefaleias;
- Deterioração de tecidos da pele e músculos;
- Problemas renais;
- Concentrações de glicose no sangue;
- Infecção urinária.
Por isso, é de extrema importância que o homem atente para o consumo adequado de água. Manter uma garrafa consigo, estabelecer alertas no celular e monitorar a ingestão são alternativas que facilitam o controle nesta área.
Conclusão
A saúde masculina é um tema a ser discutido durante todo o ano, dentro e fora de campanhas periódicas. Investir na qualidade de vida masculina traz benefícios de ordem pessoal e social, com quedas nos índices de internações e óbitos.
A principal recomendação é a consulta periódica com clínicos gerais e especialistas, em caso de predisposição por ocorrências na família de doenças específicas, uma ação que se torna imperativa em indivíduos acima dos 40 anos.
Exames preventivos permitem a detecção rápida de doenças graves ainda em sua fase inicial, como câncer de próstata, quadros de hipertensão e pré-diabetes, infecções perigosas e outras condições, prevendo hospitalizações.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.