No ano de 2015, foto do antes e depois, eu estava muito doente. Nada melhorava a minha situação. Tomava muitos remédios para a Artrite Reumatoide, mas, eles só me deixavam pior, porque, mexiam com o meu lado emocional. Eu tomava corticoides, há 17 anos, mas, na minha opinião, eles de nada adiantavam, porque, eu continuava sentindo dores. Muitas dores.
Um dia, ao me olhar no espelho, eu fiquei chocada, não conseguia me reconhecer; Eu pensei: Não posso mais continuar com isso! Não posso mais, continuar me envenenando dessa forma. Tenho que fazer alguma coisa. O meu médico, achava que uma interrupção do medicamento, poderia desencadear crises ainda piores, mesmo que fizéssemos um desmame cuidadoso.
Mas, não haviam muitas alternativas, ou eu parava de tomar o corticoide, ou ele acabaria comigo. Era ele, ou eu! Comecei a estudar maneiras de fazer o desmame com segurança, e avisei ao meu médico que estava pronta, eu iria fazer. Foram quatro meses de dores insuportáveis, febres, náuseas, vômitos, dores abdominais, fraqueza, cansaço extremo, astenia, prostração, artralgia, perda de peso, sonolência, dores de cabeça, e depressão, pensei que não ia aguentar. Pensei em desistir.
Estudando sobre os efeitos da prednisona, percebi, que à medida que o nosso corpo se acostuma, ele não faz mais o efeito esperado. Mas, também não podemos mais ficar sem ele. O corpo se acostuma. É um paradoxo. A prednisona estava me matando, lenta e insidiosamente. Eu sentia isso. Meu Deus, como eu sentia. Haviam dias, em que eu mal conseguia levantar da cama, para fazer as tarefas mais básicas, como escovar os dentes, ou pentear os cabelos.
Eu estava sucumbindo aos efeitos colaterais do corticoide, e só piorava. Só levantava da cama, depois de tomar muitos comprimidos para as dores.
Quando cheguei ao final do desmame, já era visível a minha melhora, consegui esses resultados, me deu mais ânimo ainda, para seguir com o meu plano. Que era retirar esse veneno do meu corpo, antes que ele me matasse. Já fazem dois anos, que eu estou sem a prednisona. Tomo somente o biológico Rituximabe, a cada seis meses, e continuo em remissão da doença. Sem crises. De vez em quando, sinto uma dorzinha, mas, nada que uma dipirona e uma boa noite de sono, não resolva.
Eu não senti diferença na intensidade de dores, parando com o remédio. A diferença está, em como a gente se sente, quando se tem dores, e outros sintomas desconfortáveis, causados por efeitos colaterais, de um medicamento como este. Isso, acaba com a gente. Eu conheço, muitas pessoas que tomam corticoide, e que continuam muito doentes, sem melhora alguma.
Conheço de longe, só de olhar para a pessoa, que ela está intoxicada, pelo uso excessivo ou prolongado do corticoide. Hoje, eu me olho no espelho, e vejo a mulher que eu era antes, sinto-me linda e saudável. Eu voltei a fazer planos, e tenho força e energia para realiza-los, e tudo isso, porque, eu resolvi tomar uma atitude, que exigia muita, muita coragem.
Passados dois anos, eu me sinto muito melhor. Hoje, eu tenho qualidade de vida, hoje, eu levanto e faço as coisas que planejei para o meu dia, consigo trabalhar, me mexer e sorrir um pouco mais. Percorri, uma longa e dolorosa jornada para chegar até aqui, e descobri, que existe sim, vida após a Prednisona.
Meu nome é Ida Santos
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