A Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) alertou, hoje, que as doenças reumáticas podem agravar com o frio em até 90% dos doentes.
“Os sintomas associados às doenças reumáticas respondem às variações de temperatura ao longo do ano e é nos meses de dezembro e janeiro que se regista um maior número de queixas”, assim, a SPR aconselha que os pacientes com estas patologias se protejam do frio, de forma a evitar dores. Simultaneamente, 5% da população apresenta fenômeno de Raynaud, que é desencadeado pelo frio, entre outros fatores.
Para além do frio, a SPR acrescenta que a chuva e a neve também representam perigo, essencialmente para quem sofre de osteoporose, pois são “responsáveis por inúmeras quedas”. Todos estes fatores, acrescidos a um baixo nível de vitamina D geralmente associado a esta época, podem gerar um quadro relevante para estes doentes.
Por outro lado, o Fenómeno de Raynaud surge como “uma resposta extrema dos vasos sanguíneos a ambientes frios”, podendo ser primário (não associado a outras doenças) ou secundário (associado a uma doença inflamatória). Este fenômeno, explica a SPR, “caracteriza-se por uma descoloração das extremidades e, nos casos mais graves, por úlceras que demoram a sarar, aparecendo geralmente nos dedos das mãos ou dos pés”. A SPR sublinha que esta condição é crônica e que “o doente tem de saber proteger-se”, aproveitando para desconstruir a ideia de que estas patologias estão sempre associadas a pessoas idosas: “esta síndrome aparece normalmente antes dos 40 anos”.
A Sociedade Portuguesa de Reumatologia apela, portanto, aos portugueses para se protegerem nos meses de inverno, tomando medidas preventivas como evitar andar em superfícies molhadas para evitar as quedas e protegerem-se do frio. O consumo de cafeína e de tabaco é também desaconselhado, na medida em que se tratam de substâncias “vasoconstritoras”.
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