A Conitec analisa incluir no SUS o tratamento com aflibercepte para edema macular diabético reconhecendo benefícios para os pacientes, porém apresenta parecer desfavorável motivado pelo impacto financeiro.
A contribuição da sociedade civil pode incentivar a Conitec e o fabricante a estabelecerem parcerias favoráveis para que os pacientes tenham acesso a este medicamento que é aplicado por meio de uma injeção intraocular evitando a cegueira da retinopatia diabética.
É de fundamental importância a participação de pacientes diabéticos, familiares, médicos e profissionais da equipe multiprofissional. Para participar basta preencher o formulário eletrônico até o dia 18 de julho de 2019.
Pacientes e familiares pode contribuir no link: http://4et.us/K5Rt
Médicos e profissionais da saúde pode contribuir no link: http://4et.us/EvP7
Confira texto completo da Conitec:
CONITEC analisa tratamento para Edema Macular Diabético
Doença ocular é a principal causa de cegueira entre pessoas com idade economicamente ativa
Até o dia 18 de julho, a população pode participar da Consulta Pública sobre a incorporação do aflibercepte para o tratamento de edema macular diabético (EDM). O tema esteve em pauta na última reunião da CONITEC, em que se discutiu se este medicamento pode ser incluído no SUS como alternativa para impedir a evolução da doença.
O aflibercepte é aplicado por meio de uma injeção intraocular, para bloquear a proliferação dos vasos sanguíneos da retina, que levam ao agravamento da EDM.
Os estudos analisados pela Comissão mostraram que há benefícios no uso desta alternativa. Mas é importante destacar que as análises do Plenário consideram, além das evidências em relação aos benefícios e à segurança para os pacientes, os impactos orçamentários que a incorporação de uma tecnologia em saúde pode trazer para o SUS. No caso desse medicamento, o preço proposto pela indústria acarretaria em um elevado custo ao sistema. E, por este motivo, a recomendação inicial da Comissão foi desfavorável à incorporação. Leia aqui o relatório.
As contribuições enviadas durante a consulta pública podem confirmar ou modificar essa análise. Informações técnicas e científicas e relatos de experiência sobre o uso dessa tecnologia – ou de outras alternativas para esse tratamento – podem auxiliar na elaboração do relatório final. Para participar, basta preencher os formulários eletrônicos disponíveis no site, pelo link Consultas Públicas.
EDEMA MACULAR DIABÉTICO
O edema macular diabético (EDM) é uma das complicações do diabetes. O principal fator de risco para seu desenvolvimento é o descontrole dos níveis de glicemia no sangue e a duração da doença. As estatísticas reunidas no relatório para análise da tecnologia mostram que a EDM é mais comum em pacientes diagnosticados com diabetes há mais de 10 anos.
A principal causa do edema são as alterações estruturais nos vasos da retina causadas pela elevação dos níveis de açúcar no sangue. Esse processo pode danificar os vasos sanguíneos e aumentar o extravasamento de fluidos na retina. Assim, substâncias como líquidos, proteínas e outras moléculas passam de dentro dos vasos sanguíneos e se acumulam próximos da retina e da mácula, formando o EDM.
Em estágios iniciais da doença, os pacientes geralmente não apresentam sinais ou sintomas. Com o passar do tempo, a visão pode ficar borrada e distorcida e, se não diagnosticada e tratada corretamente, pode evoluir para cegueira irreversível. Por isso, pessoas com diabetes precisam ter cuidado redobrado com a saúde ocular, e procurar um especialista periodicamente ou caso apresentem qualquer alteração da visão.
Fonte: CONITEC
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