A osteoporose, doença osteometabólica caracterizada pela diminuição da massa óssea, pode levar à redução da resistência e aumentar o risco de fraturas.
A doença possui duas formas clássicas: a fisiológica ou primária e a secundária, geralmente causada por outras enfermidades.
O médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann explica que conforme as pessoas vão envelhecendo ocorre uma perda natural e gradativa da massa óssea, tanto nos homens quanto nas mulheres.
“Quando essa perda alcança um nível a ponto de desorganizar a estrutura dos ossos aumentando a sua fragilidade e o risco de fraturas, o diagnóstico é osteoporose”, explica.
Reichmann diz que o osso é um tecido vivo que se renova com mais intensidade nas primeiras décadas da vida. A partir dos 30 anos, o quadro inverte e a absorção passa a ser maior que a formação.
“A osteoporose não tem cura, mas o tratamento estabiliza o quadro da doença ou melhora o problema, evitando complicações e reduzindo significantemente o risco de fraturas”, afirma.
A falta de atividade física ou a pouca ingestão de cálcio na infância e na adolescência aumentam a fragilidade do osso e o risco de desenvolver a doença.
Segundo o médico, muitos pacientes só descobrem que têm osteoporose quando sentem dores provocadas por eventuais fraturas no fêmur, no punho e nas vértebras.
No caso das mulheres, após a menopausa, quando o corpo deixa de produzir os hormônios sexuais, o processo de descalcificação aumenta consideravelmente.
“A fragilização do osso pode se tornar tão grande que ele chega a se quebrar sozinho. Em alguns casos, o próprio peso do corpo provoca microfaturas, principalmente na coluna, causando fortes dores nas costas”, comenta Reichmann.
De acordo com o médico, mesmo com uma massa óssea razoável, outros fatores podem aumentar o risco da osteoporose primária: tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, imobilidade, história familiar, baixo peso, origem asiática, menopausa precoce e menstruação irregular, entre outros.
Já, a osteoporose secundária depende diretamente de doenças crônicas ou do uso de determinados medicamentos, especialmente corticóides.
Como preninir:
O médico ressalta que a ingestão de cálcio com alimentos ou suplementos ajuda a manter os ossos fortes por mais tempo.
O leite e seus derivados (queijos e iogurtes) são as melhores fontes alimentares de cálcio e devem ser ingeridos diariamente.
Evitar alguns hábitos como o fumo, bebidas alcoólicas e café, além de adotar medidas como a prática de exercícios físicos diariamente e exposição no sol de 10 a 15 minutos pela manhã contribuem para diminuir o risco da doença.
Para quem já passou da menopausa, recomenda-se a realização do exame de densitometria óssea periodicamente. O exame avalia o grau de perda da massa óssea e, com o diagnóstico, é possível utilizar medicamentos que evitam a progressão da doença e possíveis fraturas. Também é aconselhável a ingestão de suplementos de cálcio.
Fonte: Noticenter
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