Um turbilhão de dúvidas, acompanham os pacientes ao longo da jornada de convivência com a artrite reumatoide. Um misto de novos sentimentos e uma imensidão de sintomas e sensações que podem chegar ao ponto, onde já não é possível distinguir o que é ou não normal sentir, muitos esquecem inclusive como é não ter dor. Viver sem dor deve fazer parte do ideal de vida de quem convive com artrite reumatoide
Tomar medicamento e perder a qualidade de vida não é normal
Todo tratamento medicamentoso traz a esperança de que dias melhores virão, logo, o que para alguns pode representar uma vida confortável, para outros é apenas uma troca, troca-se a dor pelos efeitos colaterais. Quando saber, até que ponto é tolerável um efeito colateral de um medicamento? É normal trocar a dor pelo mal-estar, pelas náuseas e pelo confinamento domiciliar?.
O médico para decidir qual tratamento prescrever, sempre leva em consideração o benefício e o risco inerentes à medicação. No entanto, alguns medicamentos apesar de ter um benefício muito grande, podem, em alguns pacientes não funcionar adequadamente por causa dos eventos adversos que ela causa. Por isso, o seu médico precisa saber se você está apresentando ou não esses eventos adversos.
Alguns medicamentos podem ter efeitos colaterais tão limitantes quanto a dor da artrite, um deles é o metotrexato, um medicamento que tem uma eficácia comprovada na artrite reumatoide. É um remédio tomado uma vez por semana, à princípio parece confortável ,e o paciente tem a doce ilusão que vai passar mal apenas no dia, no entanto, as reações adversas podem durar até quatro dias por semana e incluem: náuseas, vômitos, cefaleia que podem ser de moderadas à intensa, alteração do paladar, queda do cabelo e uma sensação de mal-estar que muitas vezes é comparada a uma virose, composta por calafrios, arrepios, sensação de tontura e sonolência. Essas reações são individuais e cada paciente pode sentir em graus diferentes.
Quando o efeito colateral de um medicamento atrapalhar no desempenho das atividades diárias, à exemplo quando um paciente tem reações intensas ao metotrexato, que apesar de ser eficaz para o tratamento da artrite reumatoide, nem sempre é tolerável para o paciente, é preciso considerar que para ser eficaz, o medicamento tem que reduzir os sintomas da doença e a pessoa precisa se sentir bem, no sentido amplo, não só da doença que o acomete.
Não é normal, trocar a dor pelos efeitos colaterais que impactam as atividades diárias, é preciso deixar claro que um medicamento não pode limitar a vida, ele tem que ampliar o acesso à vida. Alguns pacientes relatam com emoção o dia que o médico entendeu que tomar medicamento para sofrer com os efeitos colaterais não era mais possível. Se o efeito colateral é aceitável, tudo bem, mas medicar para ter que remediar é um caso de anormalidade. #Articule com o seu médico a possibilidade de um tratamento bom para você e para a artrite.
Dor não é normal na artrite reumatoide
Conhecer a si mesmo é a melhor ferramenta para garantir a qualidade de vida do paciente com artrite reumatoide.
Sabemos que ela é uma doença crônica que traz como agravante os sinais de atividade da doença, o impactante complexo DRF: “dor, rigidez, fadiga”, facilmente reconhecidas por todo paciente e frequentemente informadas como sintomas “normais”. Aproximadamente 1% dos brasileiros convive com artrite reumatoide. Durante as consultas médicas, muitos pacientes escutam: “Essa dor é normal, a rigidez é normal”. A fadiga, então, nem sempre é considerada.
Os sintomas agudos da doença são como um termômetro: servem para indicar a necessidade de um olhar médico especial. Após o diagnóstico ou após uma nova crise de dor, é importante avaliar a causa e identificar dessa dor, pois, na verdade, conviver com artrite reumatoide não é estar condenado a conviver com dor diária infinda e crescente. Conhecer a si mesmo é a melhor ferramenta para uma vida sem dor. Aprenda a identificar o que é normal ou não na artrite reumatoide.
Complexo D – Reconhecendo a dor na artrite reumatoide
A dor na artrite é sempre insidiosa e de certa forma invejosa. Nunca dói uma única articulação, doem as duas articulações ao mesmo tempo, ou seja, se o tornozelo está doendo, vão doer os dois tornozelos. Essa dor é sempre de longa permanência: dói por vários dias, durante semanas. Se você tem uma dor unilateral, aquela em que dói apenas, por exemplo, um joelho, preste atenção: essa dor pode não ser causada pela artrite reumatoide. É bastante comum as pessoas com artrite reumatoide serem acometidas por doenças concomitantes dos tecidos moles. Por isso, se a sua dor for unilateral, é importante investigar junto com o seu reumatologista a causa dela.
Sentir dor não é normal. É inaceitável esse argumento. Vivemos em uma época em que temos disponíveis medicamentos modernos com poder terapêutico eficaz, que são capazes, inclusive, de alcançar a remissão da doença. Por isso, ouvir que “dor é normal” ou que “você tem que se acostumar com a dor” é uma desculpa que dói aos ouvidos. A Organização Mundial de Saúde define a dor como o “quinto sinal vital”. Sendo ela isso, logo, é equiparável, por exemplo, aos batimentos cardíacos. Portanto, uma pessoa não pode viver com o coração batendo ao ritmo de 200 batimentos cardíacos por minuto. Então, uma pessoa com artrite reumatoide não pode, em hipótese alguma, aceitar conviver com a dor como um padrão de normalidade. Se você tem artrite e tem dor, #articule com o seu médico o melhor caminho para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado.
Complexo R – Quando acordar e levantar se torna um desafio
Rigidez na artrite reumatoide é outro indicador de que algo não vai bem. A rigidez tem característica matinal superior a 30 minutos, porém ela pode ocorrer quando a pessoa permanece em uma mesma posição por um longo período. Por exemplo: após ficar sentada por algumas horas, na hora de levantar, a pessoa com artrite reumatoide provavelmente terá um andar robotizado. Isso não também não é normal.
A rigidez na artrite indica atividade da doença e nunca deve ser um fator cotidiano com o qual a pessoa deve se acostumar. Na vigência de rigidez, #articule com seu médico. Essa é uma informação importante para a avaliação da terapêutica que está sendo utilizada.
Complexo F – Fadiga na artrite reumatoide
Fadiga é um sintoma complicado de ser explicado, tanto para quem explica quanto para quem interpreta. A sociedade, empregadores e familiares podem entender a fadiga como a famosa “preguiça” ou “corpo mole”. Ela é frequentemente alvo de grande estigma e preconceito, mas para os médicos a fadiga é um forte indicador de atividade da doença. O paciente sofre brutalmente. Na artrite reumatoide, a mente quer ir, reconhece seus compromissos, mas o corpo não obedece, não tem forças para superar a extrema fraqueza global que o acomete. É exaustivo, frustrante e nunca é normal sentir fadiga.
Não existem medicamentos para tratar a fadiga. No entanto, é importante ressaltar que tão logo os medicamentos usados no tratamento da artrite reumatoide façam efeito, a fadiga vai sendo controlada e se torna menos intensa, até que desaparece. Por isso, na vigência de fadiga, #articule com seu médico. Ele vai ajudá-lo a superar esse fantasma invisível que assombra as pessoas com artrite reumatoide. Fadiga não é normal e não existe fadiga crônica no paciente com artrite.
#Articule com seu médico sempre que observar a chegada de qualquer um dos três itens do complexo DRF. Dor, rigidez e fadiga chegam juntas e raramente vêm com forte intensidade. É importante reconhecer os sinais de uma nova crise ainda no início. Conhecer a si mesmo é o grande segredo para alcançar a qualidade vida.
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Estou usando biológicos, já foi mudado uma vez e não estou tendo resultados… Preciso de indicação de um reumato em Curitiba…
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