Na última mesa de debates do Fórum, da qual participaram o Dr. Mário Soares, a Dra. Isadora Jochims e a Dra. Fabiana Pompeo de Pina, como moderadora, além da Larissa Jansen, representando o Abrapar – Grupar-RP/EncontrAR, os representantes das sociedades médicas apresentaram as principais preocupações com as atuais políticas públicas de saúde e o que acreditam ser necessário para melhorar o quadro para os pacientes reumáticos no país.
Uma das grandes preocupações é referente a intercambialidade entre os medicamentos biológicos e biossimilares. Especialmente, levando em conta o fato desses medicamentos não serem 100% iguais e, com isso, haver a possibilidade de complicações aos pacientes quando for feita a troca indiscriminada entre essas medicações, sem consultar o médico responsável pelo tratamento e avaliar o caso do paciente de forma individual, garantiu a Dra. Fabiana.
O Dr. Mário Soares destacou também que esse risco foi apresentado ao Secretário de Ciência e Tecnologia, Dr. Denizar Vianna durante a sua gestão em 2019, com a indicação de que os biossimilares deveriam ser utilizados apenas nos pacientes iniciais, para evitar a troca durante o tratamento e os riscos subsequentes. O profissional explicou que foi solicitado pelo Ministério um documento explicando essas informações. O documento já foi redigido e publicado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia. Diante disso, a SBR espera que seja feita uma mudança na nota técnica do Ministério da Saúde que impõe a troca do medicamento biológico pelo biossimilar, sem avaliação médica, após o período de 1 ano de uso.
Outro ponto destacado pelo médico foi a necessidade de um treinamento completo nas farmácias de alto custo, pois ele acredita que há risco de problemas na dispensação dos medicamentos conforme as trocas são realizadas.
A Dra. Isadora Jochims finalizou a mesa de debates reforçando que o problema da intercambialidade é a ausência de evidências científicas que comprovem a segurança dessa prática. E devido à questões como essas, ela acredita na importância do debate promovido no Fórum, onde o Plano de Atenção às Doenças Reumáticas começou a ser redigido. O objetivo é que o documento seja enviado ao Ministério da Saúde, buscando uma regularização do atendimento e cuidado dos pacientes reumáticos.
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