Estudo recentemente apresentado no Annual Meeting da ASBMR (American Society of Bone and Mineral Research) trouxe um dado retumbante. O uso de alendronato, medicamento mais utilizado no tratamento da osteoporose, disponível pela rede pública no Brasil, esteve associado a uma redução de 42% na mortalidade por todas as causas.
Este estudo, chamado CaMos (Canadian Multicentre Osteoporosis Study), selecionou 5327 indivíduos entre 1995 e 2012, sendo 2173 em uso de bisfosfonatos (alendronato, risedronato e etidronato), 1273 em uso de estrogênios e 1889 sem nenhum dos tratamentos. Segundo o Dr. Dana Biluc, do Garvan Institute of Medical Reserach (Sydney, Australia), chama atenção o fato da população em uso dos bisfosfonatos apresentar um perfil de risco mais desfavorável, sendo esperado um desfecho pior, Por exemplo, neste grupo, 35% dos pacientes já haviam sofrido uma fratura, enquanto apenas 17% sofreram este evento no grupo em uso de estrogênio.
Os pacientes do sexo masculino em uso de bisfosfonatos, apresentavam características basais mais associadas à pior saúde óssea, como menor peso corporal e maior incidência de câncer, o que fortalece ainda mais o achado positivo deste estudo.
O uso de risedronato ficou restrito a um menor número de pacientes, e estes foram seguidos por menor tempo, por isso atribuiu-se a esse medicamento apenas um possível benefício, enquanto que o uso de etidronato não se associou a qualquer mudança nas taxas de mortalidade.
O Dr. Biluc sugere que pacientes que sofreram uma fratura devem ser imediatamente submetidos a tratamento com alendronato, após os resultados deste estudo, apesar de não haver ainda explicações plausíveis para este achado, até o momento.
Fonte: Clinica do Metabolismo
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