Você sente uma dor crônica generalizada? Aquela que se espalha por todo o corpo? Então é melhor você investigar, pois pode estar com um quadro de fibromialgia. A doença atinge uma fatia considerável da população brasileira: 2,5%, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. Nos últimos dias, o tema vem sendo bastante debatido por causa da revelação da atriz e humorista Dani Valente de que foi diagnosticada com a doença.
A reumatologista Mayara Manueira da Silveira, do Instituto de Vídeo-artroscopia, Ortopedia e Traumatologia (Ivot), explica que a fibromialgia é uma síndrome de dor generalizada, que está associada à rigidez matinal, fadiga, distúrbio do sono e estresse.
“Os pacientes geralmente tem dificuldade para localizar a dor. Alguns sintomas podem estar relacionados entre si, como distúrbios do aparelho digestivo, cefaleia, parestesias, depressão, zumbido, irritabilidade e distúrbio de concentração”, explica.
Ela lembra que a doença incide em cerca de nove mulheres para cada homem, sendo os primeiros sintomas principalmente entre 30 e 50 anos de idade. “O diagnóstico da fibromialgia é puramente clínico, não havendo exames complementares que favoreçam sua realização”, reforça. Predisposição genética e exposição frequente a ambientes e situações estressantes são fatores de risco para a fibromialgia.
O tratamento da doença envolve a prática esportiva e a medicação. “Os exercícios são extremamente importantes e fazem parte do tratamento, sendo os aeróbicos um dos mais indicados. Eles apresentam efeito analgésico por estimularem a liberação de endorfina e funcionam como antidepressivos, além de proporcionarem a sensação de bem estar”, orienta a reumatologista.
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