Você sabia que 10 milhões de pessoas sofrem com incontinência urinária no Brasil? Dados da Sociedade Brasileira de Urologia revelam que o problema atinge, principalmente, mulheres e idosos. 35% da população feminina pós-menopausa têm incontinência de esforço. E atividades de alto impacto podem agravar o problema.
Para a médica Aline Vieira, da Clínica VR, além da idade, outras intercorrências que enfraquecem a musculatura local resultam no problema. “Atletas de crossfit e halterofilismo, para citar dois exemplos, devem ficar atentos. O simples fato de pular ou levantar peso pode intensificar o distúrbio”, afirma.
Se você é do tipo que adora treinar e pegar pesado, a médica alerta sobre os perigos para o corpo. Confira:
O excesso de exercícios pode gerar incontinência urinária?
Sim. Quando você faz um exercício de impacto, como jump ou corrida, há um aumento da pressão intra-abdominal e de peso no assoalho pélvico. Quando você pula, por exemplo, está enfraquecendo a musculatura pélvica. A força gravitacional de impacto pode exercer um peso na musculatura local e não sustentar tão bem os órgãos internos, resultando na incontinência urinária. Outro exemplo é o crossfit, em que você também tem um vetor de força pressionando o assoalho pélvico.
Quais as atividades que mais podem provocar a incontinência urinária?
Pular e correr, por exemplo, geram impacto no sentido vertical do corpo. Exercícios em que o atleta pega muita carga, como crossfit e halterofilismo, também. Quando você faz força para levantar o peso, o corpo gera um vetor de força pra baixo, que pode resultar na incontinência urinária.
Como tratar a doença e fortalecer a musculatura pélvica?
Quando você já tem incontinência urinária instalada, é preciso consultar um médico para classificá-la como de esforço, de urgência ou mista. A primeira é quando você perde urina ao aumentar a pressão intra-abdominal. Por exemplo, ao tossir, espirrar, pular ou levantar peso. A de urgência é quando a bexiga não consegue segurar a urina e você sente vontade de urinar constantemente. A mista, como o nome diz, é quando você sofre com as duas causas. Diagnosticada a incontinência, a classificação e o grau (se é leve, moderada ou grave), o médico indicará o tratamento mais adequado. Quando leve ou moderada, recomendamos fisioterapia e o auxílio da cadeira Emsella para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico. O ideal é o paciente procurar um especialista no primeiro sintoma que observar, para ter uma resposta satisfatória e com eficácia em um curto período.
Quando procurar a ajuda de um especialista?
Ao observar os primeiros sinais de perda de urina é importante procurar um médico. Atletas devem buscar um especialista o quanto antes para terem orientações de como prevenir a evolução da doença, principalmente se desejam continuar a praticar atividades físicas. Hoje em dia, principalmente na fase inicial, o médico tem diversas opções de tratamento para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, prevenindo, fortalecendo-o e tratando da melhor forma a incontinência urinária.
Fonte: Assessoria de imprensa.
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