Uma preocupação comum entre os pacientes é saber se seu diagnóstico é de lúpus ou artrite reumatoide.
Alguns chegam ao consultório com diagnóstico de artrite e de lúpus dados por outros colegas. Ficam confusos sobre o que está causando seus sintomas de fato.
Explicando de uma forma mais simples os para vocês: essas doenças sistêmicas e autoimunes podem ter comportamentos similares, até mesmo com exames laboratoriais que são reagentes em uma e outra ao mesmo tempo.
O diagnóstico dessas patologias é feito através de critérios de classificação e não de critérios diagnósticos. Na prática, esses critérios de classificação possuem alta especificidade (ou seja, um proporção alta de pacientes que não tem a doença realmente não preencherão os critérios de classificação para ela), contudo muitas vezes às custas de uma baixa sensibilidade (proporção de pacientes com a doença que preenchem os critérios de classificação). Assim, apenas poucos pacientes são incorretamente classificados como tendo a doença (falsos positivos), mas uma proporção maior pode acabar não preencher os critérios (falsos negativos).
Assim, um paciente pode inicialmente ser diagnosticado como tendo artrite reumatoide e, ao longo do tempo, preencher mais critérios de classificação para lúpus eritematoso sistêmico.
Por serem doenças sistêmicas (potencial de atingir todo o organismo), elas podem ser manifestar de várias formas e em vários órgãos. A Reumatologia tenta organizar um raciocínio de tratamento através desses critérios de classificação, para estruturar e tomar melhores condutas de seguimento no tratamento dos pacientes.
Reumatologista e pacientes precisam ter um diálogo claro sobre as limitações dos exames laboratoriais e critérios de classificação das doenças.
#REPOST @dr.kennedyamaral
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