Hoje, 11 de outubro, é o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade e de acordo com os dados da pesquisa feita pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018), a taxa da doença teve um aumento de 67,8% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018. Os números mostram o reflexo dos hábitos alimentares da população.
Os adultos de 25 a 34 anos e 35 a 44 anos tiveram o maior crescimento da obesidade, com 84,2% e 81,1%. Boa parte deste público vive na correria do dia a dia e, por este motivo, opta por consumir alimentos industrializados, ricos gorduras e açúcares, que vem pronto para o consumo e são de fácil acesso.
Para Lenita Borba, coordenadora da Comissão de Políticas Públicas do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região SP-MS (CRN-3), os números da pesquisa estão ligados à mudança de hábitos alimentares dos brasileiros. “As pessoas substituem alimentos saudáveis por industrializados, pela necessidade de realizar refeições rápidas. É preciso dar ênfase na alimentação saudável, seguir um padrão alimentar, consumir alimentos que contemplam vegetais frescos, proteínas, carboidratos e gorduras saudáveis”, pontua.
A obesidade também contribui para doenças que estão relacionadas à deficiência do sono, sobrecarga do metabolismo, dificuldade para praticar atividades físicas e a questão do isolamento social. Lenita ressalta que “no Brasil existem 33 milhões de pessoas com problemas de saúde decorrentes da obesidade”, e que atualmente “o país vive numa epidemia de doenças crônicas não transmissíveis”.
Os dados da pesquisa mostraram também o crescimento de excesso de peso entre a população. 55,7% dos brasileiros tem excesso de peso. O aumento foi de 30,8% quando comparado com percentual de 42,6% no ano de 2006. A crescente foi nas faixas etárias de 18 a 24 anos, com 55,7%. Quando verificado o sexo, as mulheres apresentaram o maior crescimento com 40%, já os homens 21,7%.
Ter um acompanhamento nutricional é fundamental no processo de mudança de hábitos alimentares. Essa é a forma mais segura de saber como se alimentar, com qual frequência, quais alimentos consumir, como preparar os alimentos e como adequar essa mudança a rotina de trabalho e estudo.
A nutricionista Lenita Borba, Conselheira do CRN-3, acredita que as iniciativas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) são essenciais para formar pessoas com hábitos saudáveis e com senso crítico sobre a escolha dos alimentos. “A população deve ter acesso ao conhecimento para poder fazer suas escolhas alimentares, e deve estar informada sobre a qualidade dos alimentos. Se a oferta de alimentos não saudáveis chega primeiro nas pessoas, temos um problema”, conclui Lenita.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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