Sabe aquela máxima dúvida eterna: o que vem antes, o ovo ou a galinha?
De certa forma, a depressão, quando relacionada às doenças reumáticas, sofre do mesmo dilema. De fato, estudos mostram que a depressão não seria apenas uma consequência das doenças, mas um gatilho para seu surgimento.
De acordo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a artrite reumatoide atinge cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil. E, entre todo esse pessoal, não é incomum encontrar gente deprimida. Contudo, a tristeza profunda pode ser um fator desencadeador para quem já tem a predisposição para essa doença autoimune que atinge as articulações.
Estudos da Universidade de Calgary, no Canadá, analisaram indivíduos com e sem depressão que passaram pelo sistema de saúde do Reino Unido entre 1986 e 2012. E concluíram que 0,54% dos pacientes depressivos desenvolveram artrite reumatoide ao longo desse tempo.
Por outro lado, 0,45% do grupo sem o transtorno psiquiátrico manifestou o problema nas juntas. O uso de antidepressivos minimizou esse risco, sugerindo que, de fato, há uma relação de causa e efeito.
Além disso, os sintomas depressivos em quem tem artrite reumatoide aumentam a dor, a fadiga e a incapacidade.
Ainda, a depressão e um fator isolado de aumento da mortalidade nestes pacientes.
Tratar artrite reumatoide vai muito além das juntas, sempre busco tratar a pessoa que tem a doença, ao invés da doença que a pessoa tem!
Dra. Tamara Mucenic
#REPOST @tmucenic.reumato
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