Uma das maiores consequências que o paciente que convive com artrite reumatoide pode ter por não perguntar é não compreender a doença que o acomete. Esse paciente sairá do consultório com papeis nas mãos e uma cabeça totalmente confusa, perdido e achando que seu mundo se resumirá em dor e fadiga. Sua capacidade de acreditar na possibilidade de vida será limitada e tudo lhe será difícil.
O paciente deve fazer perguntas sobre tudo que o médico abordar durante a consulta, cada ponto apresentado pelo médico deve ser explorado pelo paciente, com curiosidade, as dúvidas devem ser levadas para casa e pesquisadas, anotadas no caderninho e levadas na próxima consulta para novamente serem esclarecidas.
O paciente que não pergunta não entende os sinais e sintomas da doença, não compreende os efeitos colaterais esperados e aceitáveis do tratamento, não conhece os seus direitos e deveres, não sabe onde ter acesso aos medicamentos, o paciente que não pergunta está mais susceptível a não eficácia do tratamento proposto ou seja, um erro no uso da medicação.
Errar é humano, isso todo mundo sabe, mas reconhecer o erro é um ato de humildade e coragem, mas voltar no consultório médico para assumir um erro é um ato de extrema coragem, digamos necessidade. Essa conversa é séria e precisamos ter maturidade para levá-la até o final. Muitas vezes as coisas não vão bem porque nós pacientes, deixamos algumas pedras no caminho e precisamos recolhê-las.
Alguns erros são muito comuns, como não fazer algumas perguntas, como as descritas abaixo:
Devemos tomar o remédio por quanto tempo?
O tratamento da artrite reumatoide é algo para toda a vida, ainda que a doença esteja controlada, é preciso manter o tratamento medicamentoso de manutenção. Um erro com grandes consequências é abandonar o tratamento, mesmo quando a dor já não estiver presente. O tratamento é contínuo e muitas vezes tomamos o mesmo remédio durante anos e anos, os famosos DMARDs, “medicamentos modificadores do curso da doença”, são remédios que são utilizados às vezes na mesma dose, durante anos, enquanto estiverem fazendo efeito. È preciso ir ao medico com regularidade para avaliar se o tratamento ainda surtindo efeito. Caso não esteja, existem outras possibilidades de tratamento que podem ser associados aos DMARDs ou utilizados isoladamente.
Esses novos medicamentos que não se faz necessário a tomada diária, podem permitir melhor adaptação e autonomia para realizar as atividades do dia a dia, alguns podem ser administrados uma vez por semana, por quinzena, por mês ou até mesmo a cada seis meses. Esses medicamentos são os imunobiológicos. Articule sempre com o seu médico, o tratamento que melhor se adapta a sua rotina de vida, o importante é ter disciplina no uso adequado destes medicamentos. Somente com essa conversa franca com seu médico, nas visitas regulares é que é possível encontra a medicação mais adequada para você,
Doutor quais os efeitos colaterais esperados e aceitáveis deste tratamento?
Essa é uma pergunta que todo paciente precisa fazer, mas esquece. É importante perguntar para o doutor sobre quais os efeitos colaterais esperados e aceitáveis; que são aqueles que durante os estudos clínicos foram estudados e estão descritos na bula do medicamento como “principais efeitos colaterais”, porém, mesmo que a reação adversa esteja descrita na bula do medicamento, é importante perguntar para o médico, pois ele tem a experiência clínica e conhece vários pacientes que utilizam o medicamento prescrito. Articule com o seu médico sobre o que você irá sentir e o que é esperado ou não, para saber até que ponto o tratamento está sendo efetivo, pois tomar remédio para passar mal não é legal, o efeito colateral deve ser sempre aceitável e tolerável, passou disso é preciso conversar com o médico.
Mesmo quando é remédio injetável ou endovenoso, devemos sempre ser rigorosos no “dia certo e na dose certa”?
Sim, os medicamentos injetáveis, tanto os feitos por injeção subcutânea como os endovenosos, são utilizados por um longo período, igualmente aos comprimidos, até que estejam fazendo efeito.
Qual a consequência de parar de tomar os medicamentos quando eu não estiver sentido dor?
Muitas pessoas acreditam que, quando deixam de sentir dor, podem parar de tomar o medicamento, então, muitas vezes deixam de tomar os medicamentos. Mas quando param de tomar o remédio, por um curto período, ficam bem, porém, logo, começam a sentir dor novamente.
A doença, que antes estava controlada, volta a atividade inflamatória, quando o paciente retorna ao médico é necessário muitas vezes voltar a tratar com outro tipo de medicamento.
Existe uma infinidade de consequências, mas certamente a maior delas é a relação de ausência da dor e a retirada espontânea do medicamento. Ao sentir-se com a doença estável #Articule com o seu médico o melhor manejo da sua doença e nunca retire seus medicamentos.
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