O esqueleto é considerado um grande reservatório de cálcio, sendo o tecido ósseo reconhecido como importante depósito de minerais para o corpo humano. Entretanto, a fragilidade óssea está relacionada com a falta de cálcio no corpo inteiro e não apenas nos ossos.
“Sem cálcio, por exemplo, o coração não iria bater e a respiração ficaria prejudicada. Isso porque o cálcio é responsável pela transmissão de impulsos nervosos e por processos vitais de contratilidade muscular, como do músculo cardíaco (coração) e do diafragma, responsável pela respiração”, comenta Ana Paula Del’Arco, nutricionista e consultora da Viva Lácteos.
Pensando na importância do cálcio para a saúde do corpo, especialmente na parte óssea, Ana Paula explica alguns mitos e verdades sobre a chamada fragilidade óssea. Confira abaixo:
Os ossos ficam frágeis porque não há cálcio no corpo
Verdade. Frente a funções tão importantes do cálcio – sem desmerecer a função estrutural do esqueleto humano -, os ossos também são estoques de cálcio para o corpo, caso a ingestão de cálcio seja inadequada durante todo o curso da vida. Se não houver um consumo adequado por meio da alimentação, o corpo vai sequestrar o cálcio do esqueleto – o ‘grande reservatório’ – para cumprir as funções vitais do organismo, e isso faz com que os ossos fiquem frágeis.
A fragilidade óssea pode culminar no quadro clínico da osteoporose, uma doença silenciosa que afeta a arquitetura dos ossos. “Em uma analogia simples, é como uma esponja de lavar louças: o osso com osteoporose se assemelha à uma esponja gasta, onde os furos são mais largos e a estrutura não se apresenta tão firme; e o osso saudável é como uma esponja nova, tem pequenos furinhos e uma estrutura rígida e firme”, explica a nutricionista.
Não é possível prevenir a fragilidade óssea
Mito. Consumir a quantidade necessária de cálcio durante toda a vida evita que o corpo precise sequestrar o cálcio do esqueleto para cumprir as funções vitais, evitando, assim, a fragilidade óssea. A prevenção deve ser iniciada na infância, com o consumo adequado de cálcio durante a formação da matriz óssea, e em todas as fases subsequentes da vida, para que o organismo não precise recrutar o cálcio que faz parte da estrutura óssea do esqueleto, não fragilizando a arquitetura óssea.
Segundo o Institute of Medicine, um adulto entre 19 e 50 anos deveria ingerir em média 1000 mg de cálcio por dia, havendo adequações nas quantidades de ingestão na infância e na senescência, bem como em períodos de gestação e lactação para a mulher, como especificado no quadro abaixo.
Ana Paula também destaca que outros fatores, ao longo do curso da vida de um indivíduo, podem contribuir com a fragilidade óssea. Fatores dietéticos não são os únicos responsáveis, mas também fatores genéticos, o estilo de vida, a falta de prática de atividade física, a composição corporal e o equilíbrio hormonal.
Consumir alimentos a base de leite suprem o cálcio do organismo
Verdade. Para suprir as necessidades de ingestão de nutrientes existem as recomendações dietéticas, que direcionam a população para consumir determinados grupos de alimentos, que são fontes de nutrientes. A icônica Pirâmide dos Alimentos recomenda o consumo de três porções de lácteos ao dia para o suprimento da ingestão de cálcio, tendo como base uma população adulta e saudável.
A fase crítica de formação da matriz óssea de um indivíduo ocorre durante toda a infância e dura até o final da puberdade, com pico de massa óssea por volta dos 25 anos (variando conforme o gênero), havendo declínio da massa óssea a partir dos 30 anos.
“Sendo assim, recomenda-se o consumo de cálcio desde o nascimento até o final da formação da matriz óssea, fase que a “dureza óssea” é determinada, continuando seu consumo em todas as fases ao longo do curso da vida”, finaliza a nutricionista.
Fonte: Bonde
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