Em 2016, a febre chikungunya causou mais mortes que a dengue no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados 159 óbitos pela doença, sendo seis deles em Alagoas, o que levou o Estado à sexta colocação em número de mortos. Os demais foram registrados em Pernambuco (54), Paraíba (32), Rio Grande do Norte (25), Ceará (21), Rio de Janeiro (9), Bahia (4), Maranhão (5), Piauí (1), Sergipe (1) e Distrito Federal (1).
Já o número de notificações da doença chegou, até o último dia 10, a 263.598 casos prováveis. O MS informa que, em 2016, poucos estados vivenciaram, até o momento, epidemias de chikungunya. Porém, ao divulgar, nessa sexta-feira, 23, um guia clínico para o manejo da doença, o próprio ministério alertou para a possibilidade de epidemias em todas as regiões do Brasil.
Com a aproximação do verão e suas chuvas, haverá um aumento de casos neste fim de ano e início de 2017 – alerta o MS. Ressaltando que governo e população perderam a guerra contra o Aedes, transmissor da chikungunya, o infectologista Celso Tavares afirmou esta semana que, em Maceió, pelo menos 350 mil pessoas poderão ser afetadas.
“Em 2017 a situação será ainda mais grave que este ano. Entre 35% e 60% da população de Alagoas poderá ser acometida de chikungunya”, declarou o infectologista. Indagado sobre a grandiosidade desse número, principalmente se for comparado aos números em Maceió(18.108 casos notificados este ano), Celso Tavares foi taxativo: “Os números das estatísticas oficiais indicam uma tendência, mas não representam a realidade”.
Segundo ele, os dados oficiais contabilizam somente as notificações da rede pública. “A Secretaria de Estado da Saúde divulga os números que recebe das secretarias municipais. A gente sabe que a maioria delas só funciona on-line”, afirma Celso Tavares.
“Falta contar ainda as que foram infectadas pelo mosquito e não foram aos postos de saúde”, salienta o médico.
Fonte: Gazeta Web
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