A coceira ou prurido é um dos sintomas mais comuns em pacientes com doenças reumáticas autoimunes, com impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. Muitas vezes é difícil para médicos e pacientes descobrir a sua origem.
O prurido pode estar presente em quase 60% dos pacientes com doenças reumáticas autoimunes durante a consulta inicial (1).
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83% dos pacientes com dermatomiosite (DM), 61% no lúpus eritematoso sistêmico (LES), 59% na síndrome de Sjogren (SJO), 22% na esclerose sistêmica (ES) e 60% na doença mista do tecido conjuntivo tinham prurido (1). ⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Na DM e no LES, a coceira parece acompanhar o curso das lesões inflamatórias da pele em 83% e 45%, respectivamente. A coceira na DM é mais intensa e mais resistente ao tratamento em relação ao LES. Em contraste, a coceira na ES e na SJO tende a ocorrer mais tarde no curso da doença, 86% vs 42%, respectivamente. ⠀⠀
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Em outro estudo, foi demonstrado que o prurido pode ser um sinal de alerta, visto que pacientes com LES apresentavam coceira em uma média de 9,5 anos antes do diagnóstico (2).
Além de fatores relacionados a própria doença, certos medicamentos usados para trata-las podem causar coceira. É o caso da cloroquina, que pode “irritar” as terminações nervosas que causam coceira, fato mais observado em pessoas de pele negra (3).
Precisamos estar atentos também ao fato de que doenças reumáticas autoimunes têm risco aumentado de câncer e que pode ser uma das causas de prurido que precisam ser avaliadas. Uma outra causa que precisa ser descartada é o prurido psicogênico, após afastadas as causas orgânicas.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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