Número 1 do mundo por dois anos consecutivos (2011 e 2010), Caroline Wozniacki está oficialmente aposentada das quadras depois de ter sido derrotada pela tunisiana Ons Jabeur no Australian Open, com parciais de 7-5, 3-6 e 7-5.
Com 30 títulos simples na carreira, a atleta de 29 anos afirmou que sua meta agora é viajar o mundo com projeto de conscientização sobre a artrite reumatoide, doença que revelou sofrer no final de 2018. Ela tem tomado remédios e recebido tratamento para lidar com a doença desde então, sendo a primeira atleta da WTA a falar sobre isso.
Em entrevista ao espnW, Dr. Ricardo Escuder, médico ortopedista do IGESP, afirmou que a artrite reumatoide é uma doença inflamatória sistêmica crônica que afeta o tecido sinovial que envolve as articulações e também acomete órgãos internos, como pulmões, coração e rins dos indivíduos geneticamente predispostos.
O sintoma mais comum é o da artrite (dor, edema, calor e vermelhidão) em qualquer articulação do corpo, sobretudo mãos e punhos, e as articulações inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e, com a evolução da doença, há destruição da cartilagem articular e os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional.
Cerca de 1% da população sofre com a doença, e segundo pesquisa da Universidade de Toronto, pacientes diagnosticados com artrite reumatoide (AR) morrem mais cedo em comparação com a população saudável.
A doença chegou a prejudicar a carreira da dinamarquesa: no final da temporada de 2018, a ex-líder do ranking brilhou com a conquista no WTA Premier de Pequim, mas não conseguiu manter o nível para defender o título no WTA Finals, torneio que reúne as melhores tenistas do ano.
A americana Danielle Collins foi a segunda tenista a falar sobre o assunto, tendo revelado sofrer com a artrite reumatoide em outubro de 2019. Mas não são os únicos grandes nomes do esporte que lutam contra a doença: Sandy Koufax, um dos três arremessadores a vencer três Triple Crowns na história da MLB, teve o seu cotovelo esquerdo acometido. A atleta precisava mergulhar o braço em gelo após os jogos para controlar as dores, e chegou a travar o braço durante alguns jogos.
A alpinista canadense Shelly Spence ficou sem andar no começo do tratamento e segundo a triatleta americana Dina Neils, os médicos chegaram a afirmar que andaria de cadeiras de rodas o resto da vida.
Uma das substancias usadas no tratamento é o corticoide, medicamento proibido pelo COI e outras organização durante o período de competição quando administrado por via oral, venosa ou intramuscular, sendo permitido apenas para infiltrações articulares.
Fonte: Espn
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