Se tivesse um remédio que talvez um reumato colocasse na água, acho que seria a hidroxicloroquina (HCQ)!
A cloróx ou cloróca – pros íntimos é muitíssimo bem vinda em várias condições reumatológicas .
No entanto, há muita resistência pro uso da medicação por medo dos efeitos colaterais, sendo a agressão aos olhos a mais temida.
O reuquinol, nome comercial mais comum da HCQ, pode ser tóxico pra retina, causando maculopatia. Vou explicar como e quais os cuidados pra diminuir essa chance.
Quanto maior a dose e maior o tempo de uso, maior a chance de machucar a retina. Em 10 anos de uso essa chance é de 10% e em 20 anos, aumenta pra 40%
Além da dose e do tempo de uso, outros fatores que aumentam a chance de toxicidade são falência renal, uso concomitante de tamoxifeno, baixo peso e doença macular pre-existente.
É preciso que a dose do remédio seja prescrita pelo quilo de peso do paciente, sendo o recomendado de 5mg/Kg/dia. Como os comprimidos são de 400mg, a gente calcula a dose total da semana e divide pra saber quantas vezes na semana o paciente deve tomar. Então, os pacientes que pesam menos não tomam todos os dias da semana.
É sabido que quanto maior o nível serico da droga no sangue, que é quanto do remédio foi detectado no exame de sangue, maior o risco de toxicidade. No entanto, esse exame ainda não é disponível na prática clínica e existem pessoas estudando qual o nível sérico adequado pra manter a doença fora de atividade e dar menos efeito colateral.
Recomenda-se que todo paciente que vai iniciar o uso da cloróx faça um exame do olho com o oftalmologista.
Esse exame deve ser repetido depois de 5 anos do uso (se ausência dos fatores de risco pra toxicidade) e a partir daí, todo ano.
Em caso de suspeita de lesão da retina, deve-se suspender a medicação e encaminhar ao oftalmo que vai acompanhar tudo bem de pertinho.Qual a sua experiência com a hidroxicloroquina?
#REPOST @lorenza.silverio
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