Além dos fatores genéticos, responsáveis por 70% das causas da obesidade, o estilo de vida da criança influencia – consideravelmente – para o desenvolvimento da obesidade. As telas dos smartphones e o vídeo game, aliados à baixa qualidade nutricional dos alimentos consumidos pelas crianças e a falta de exercícios físicos, contribuem para que a obesidade infantil atinja patamares assustadores.
O Brasil está em 5º lugar entre os países com maior número de crianças e adolescentes com obesidade até 2030, segundo o Atlas Global e Obesidade Infantil de 2019. Dados do Ministério da Saúde apontam que uma em cada 3 crianças está com sobrepeso ou obesidade no País.
Segundo a Organização Mundial da Saúde cerca de 340 milhões de crianças e adolescentes – de 5 a 19 anos – apresentam sobrepeso e obesidade. A obesidade infantil já é considerada uma epidemia mundial. (leia aqui).
A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que a obesidade pode trazer muitas complicações para o desenvolvimento dos ossos, articulações e músculos ainda mais porque a criança está em constante crescimento.
“Além dos prejuízos esqueléticos, a criança com obesidade tem um risco maior para ter hipertensão e distúrbios metabólicos. Estendendo a obesidade até a fase adulta, aumentam-se as chances de doenças cardiovasculares”, explica Dra. Lorena.
Incentivar atividades com gasto de energia como andar de skate, brincar de pega-pega e andar de bicicleta são brincadeiras que ajudam no combater ao sedentarismo.
“Quanto à alimentação, evitar salgadinhos e excesso de doces É preciso oferecer frutas, folhas verdes, legumes. É uma troca, nem sempre muito bem-vista pela criança, mas que aos poucos faz toda a diferença na qualidade de vida”, exemplifica a endocrinologista.
Dicas da Dra. Lorena Amato:
– A introdução alimentar deve ter início no 6º mês de vida, oferecendo os cinco grupos alimentares (proteína, carboidrato, verduras, legumes e fibras) com variedade de alimentos.
– Criança precisa de rotina, inclusive na hora de comer. Horários estabelecidos para as refeições ajudam a diminuir a chance de escapar e comer aquele salgadinho. Evite que a criança consuma excessivamente frituras, doces, fast-food e outros alimentos industrializados.
– Respeite a quantidade consumida pela criança. Nada de encher o prato e exigir que ela coma tudo.
– Até para beber água é importante ter uma rotina, fique atento a isso. A água pode inibir a vontade de comer. Não beber água, pelo menos, 30 minutos antes das refeições.
– Outra estratégia é não comer doces e salgadinhos direto do pacote, coloque em um pote uma quantidade determinada para que não haja exagero.
– Deixar frutas à disposição e ao alcance da criança é uma ótima dica para incentivar a alimentação saudável.
Sobre a Dra. Lorena Lima Amato – A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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