Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o zumbido no ouvido é mais comum do que possa parecer. Segundo o Dr Drauzio Varella, cerca de 28 milhões de brasileiros sofrem com essa condição.
No mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são 278 milhões de pessoas com zumbido, também conhecido como tinnitus.
Esse problema é caracterizado pela presença de um barulho incômodo ou som constante, ou que vai e volta, sem apresentar qualquer relação de causa e efeito com o ambiente.
O som pode ocorrer na forma de chiado, apito, cigarra, cachoeira, motor, grilo, panela de pressão, cliques e estalos.
É uma condição que pode ser leve, sendo sentido apenas quando há silêncio ou mais intenso, tornando-se algo que persiste durante todo o dia.
Quais as causas do zumbido?
Antes de mais nada, é preciso entender que isso não é uma doença, mas um sinal de que existe algo errado com o sistema auditivo.
Por isso mesmo, é fundamental procurar ajuda de um médico especialista, como um otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo, para identificar as causas e origem.
Inclusive, tratar as causas é fundamental para reduzir os sintomas e restabelecer o bem-estar.
As principais causas seguem abaixo.
• Excesso de cera: pode causar o entupimento do canal auditivo, com surgimento do zumbido no ouvido, além de outros sintomas como dificuldade para ouvir, dor, coceira no ouvido ou tontura, por exemplo.
• Exposição a sons muito altos: pode danificar as células ciliadas (revestem os ouvidos), causando o zumbido, que geralmente dura 2 dias. Em alguns casos, pode durar 1 ou 2 semanas.
• Labirintite: inflamação ou infecção que afeta o labirinto. Quando está inflamado, pode causar tontura, náusea, falta de equilíbrio e também zumbido.
• Infecção no ouvido: pode ser provocada por fungos, bactérias ou vírus. Causa uma alteração na pressão do ouvido, ocasionando dor, sensação de pressão e zumbido.
• Doenças crônicas: pressão alta, obesidade, artrite reumatoide, diabetes, lúpus, AVC, hipertireiodismo, entre outras doenças, podem causar zumbido no ouvido.
• Uso de remédios: algumas medicações podem ter efeito tóxico, causando danos nos ouvidos ou nos nervos que controlam a audição, favorecendo o surgimento no zumbido.
• Tumores no cérebro ou no ouvido: nesses casos, o zumbido pode afetar um ou dois ouvidos e geralmente vem acompanhado de outros sintomas como dor, dormência, tontura, dor de cabeça ou perda do equilíbrio.
• Disfunção temporomandibular: ocorre devido a uma alteração na articulação que liga o maxilar à mandíbula, podendo causar zumbido.
Fatores de risco
Alguns fatores de risco contribuem para o surgimento do tinnitus, entre eles:
- Tabagismo;
- Colesterol elevado;
- Uso excessivo de bebidas alcoólicas;
- Consumo excessivo de açúcar, sal e cafeína;
- Desvios na coluna cervical;
- Envelhecimento natural do sistema auditivo;
- Estresse.
O que fazer quando ouvir zumbidos?
É imprescindível procurar ajuda de um especialista, já que esse problema é um distúrbio multifatorial. O otorrinolaringologista fará uma avaliação para chegar a um diagnóstico.
Para isso, ele realizará exames clínicos e laboratoriais, como a audiometria, para medir o nível de audição.
O médico também solicitará alguns exames de sangue para investigar possíveis fatores ligados ao zumbido, como diabetes, colesterol alto e/ou síndrome metabólica.
Como base no resultado desses exames, o tratamento será direcionado para um fonoaudiólogo.
Tratamento
A ligação que esse problema tem com a perda auditiva é um fator facilitador para o tratamento.
Na maioria dos casos, o uso do aparelho auditivo resolve os dois problemas, ajudando a reduzir ou até mesmo eliminar a percepção do zumbido.
Isso ocorre porque, quando a audição melhora, a percepção dos sons desconfortáveis diminui.
Fonte: Gazeta do Povo.
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