Tudo começou no final do ano de 2013 com uma forte dor no meu joelho direito, inchaço, vermelhidão e ele ficava muito quente. Foi passado umas 2 semanas me levaram em um ortopedista que disse que eu teria infecção no joelho ele tirou um liquido e mandou para analise, resultado negativo, no mesmo dia que fui para ver o resultado ele quis fazer uma cirurgia, porque disse que a infecção podia estar do outro lado, foi feito a cirurgia, três dias internada fazendo uso de antibiótico. Tive alta. Depois de 15 dias fui tirar os pontos aí ele me encaminhou para uma reumatologista foi aí veio o resultado Artrite Reumatoide, e a cirurgia foi um erro medico, junto com a artrite veio a anemia, a depressão profunda, o fígado em tamanho maior pelo fato do uso dos antibióticos, cheguei a pesar 40 kg, só dormia e chorava, foi uma luta diária, dia após dia, pra me recuperar e ganhar peso, hoje me trato e estou bem graças a Deus!
Quais eram os seus sinais e sintomas? o que você sentia?
Joelho, tornozelos, cotovelos muito inchados e doloridos, sentia muito cansaço e muita dor, vontade de chorar a todo o momento, eu estava muito sensível.
Você sofreu algum tipo de preconceito?
Não, mas já ouvi pessoas me dizendo que isso é doença de velho.
Dos primeiros sintomas até chegar o diagnóstico, quanto tempo demorou?
Uns 2 ou 3 meses
Qual foi a especialidade do primeiro médico que você passou? e do médico que fechou o seu diagnostico?
Na verdade quando eu comecei as sentir as dores me levaram num ortopedista que não soube dizer oque eu tinha, assim fez um cirurgia que logo após foi considerado um erro médico, no dia em que fui tirar os pontos ele me encaminhou para uma reumatologista que logo deu o diagnostico e falou do erro.
Quais foram os exames que ajudaram a fechar o seu diagnóstico?
Isso faz um tempo, mas a Dra. pediu vários exames de sangue e raio X.
Qual foi o seu primeiro tratamento medicamentoso?
Corticoide e outro medicamento que não lembro o nome por eu ter usado pouco, mas logo comecei a usar o metotrexato.
Como é o seu tratamento hoje?
Hoje uso Arava e prednisona.
Você sofreu o sofre com efeitos colaterais dos medicamentos? como convive com isso? Alguma dica? Como é seu dia a dia com os remédios?
Sofri, tive por varias vezes minha pressão alta com apenas 17 anos, foi suspendido o uso. Hoje eu digo sempre que meus remédios são meus melhores amigos pois são eles que estão sempre do meu lado me fazendo bem, sei que sem eles não conseguiria viver bem, e tenho plena consciência de que serão pra vida toda.
O que passou pela sua cabeça, quando o médico falou “você tem a doença”?
Na hora foi um choque porque eu tinha apenas 14 anos foi muito difícil ter que parar d fazer as coisas que eu amava pra começar a fazer um tratamento, fiquei muito revoltada no início, achei que iria morrer porque eu já estava num estado crítico, mas graças a Deus hoje eu estou bem e levo a doença numa boa.
A doença de alguma forma mudou a sua vida? se mudou, conte-nos, o que mudou e Como mudou?
Mudou sim, eu adorava dançar e tive que parar por não poder fazer nada que causa impacto, pular corda, jogar vôlei também se tornaram estranhos na minha vida.
O que você fazia antes da doença e hoje não faz mais?
Antes da doença eu dançava na invernada, pulava corda, corria, jogava vôlei e hoje não posso mais.
Você tem alguma dica de como ter mais qualidade de vida para compartilhar com outros pacientes? Qual é?
Acho que viver feliz com um sorriso no rosto nos faz esquecer que somos “doentes”, fazer caminhadas por mais lentas que forem, ir pra academia fazer exercício leves, convidar os amigos só para se distrair também são coisas que nos ajudam a viver melhor.
Se você pudesse melhorar alguma coisa no tratamento da sua doença no Brasil, o que mudaria?
Acho que mudaria os medicamentos mandados pelo governo que as vezes vem e as vezes não, também se eu pudesse criaria um tratamento sem comprimidos a base de xaropes que ao menos é algo líquido que não seria tão complicado de tomar.
Quer falar mais alguma coisa?
Só queria dizer que nunca, jamais podemos desanimar diante de qualquer circunstância, eu com apenas 17 anos uma vida toda pela frente não me importo tanto com a doença, eu vivo com meu sorriso estampado espalhando coisas boas por aí esse é o melhor tratamento não só para a doença como para a vida!
Deixe uma frase de incentivo, apoio:
“Nunca desista dos seus sonhos por mais que as pessoas digam que você não é capaz de alcança-los, quem irá atrás deles é você não eles, no final eles aplaudirão de pé a NOSSA vitória!”
Sou Larissa Franzon, convivo com Artrite Idiopática Juvenil, moro em Ilópolis, sou estudante e atualmente estou desempregada.
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