Um em cada 100 amigos adultos que você tem no Facebook ou em qualquer rede social sofrerá com artrite reumatoide e ao longo de dez anos ele estará incapacitado para o trabalho. A previsão, na verdade, aplica-se dentro e fora da internet. Foi revelada neste por médicos brasileiros e de outros países da América Latina, durante evento científico promovido pela Liga Pan-Americana de Associações de Reumatologia (PANLAR), em Barranquilla, na Colômbia. As mulheres são as principais vítimas.
“As doenças osteomusculares, como a artrite reumatóide, precisam de atenção multidisciplinar. Pelo impacto na Previdência Social, é um problema nacional de saúde pública. O Brasil precisa melhorar o diagnóstico precoce e garantir o tratamento adequado, com medicamento, fisioterapia, assistência psicológica e reintegração do paciente ao mercado de trabalho, com qualidade de vida”, afirma o médico Alberto Ogata, diretor científico da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), com sede em São Paulo, entidade que coordena a iniciativa Fit for Work no Brasil. Ogata foi um dos palestrantes em Barranquilla, é também coordenador do Laboratório de Inovação Assistencial da Organização Pan-Americana de Saúde.
As doenças músculo-esqueléticas estão entre a segunda e terceira causa mais frequente de auxílio-doença no Brasil. A artrite reumatóide é uma doença crônica caracterizada pela inflamação das juntas. Se não tratada de forma adequada, pode levar ao permanente inchaço e rigidez das articulações. É mais frequente em mulheres, a partir dos 35 anos de idade. Além de dor, inchaço e rigidez nas juntas, a pessoa sente cansaço, tem perda de apetite e de peso, às vezes com febre e sensação de fraqueza.
Como não existe um teste único para determinar o diagnóstico, os especialistas baseiam-se em avaliação e histórico clínico do paciente, além de exames laboratoriais e de imagem. O problema é que o doente passa grande parte rodando as urgências de ortopedia, sem obter a definição precisa do problema de saúde.
Fonte: JC Online
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