Meu nome é Marta Saldanha, tenho 35 anos, sou contabilista e moro em Salvador, Bahia. Durante todo o ano de 2011 dei entrada várias vezes na emergência por causa das dores no corpo. Cada dia doía um lugar diferente e eu já tinha vergonha de falar para meu marido ou algum familiar que estava sentindo dor. A partir do segundo semestre de 2011 passei a ter falta de ar e dor no peito, principalmente quando fazia alguma atividade.
Durante todo esse período era “diagnosticada” na emergência como crise de ansiedade. Foram muitas idas e vindas, muito diazepam no organismo e nenhum exame. Passava muitas noites acordadas, cheguei a dormir em pé porque não tinha nenhuma posição que conseguisse dormir.
Em Dezembro de 2011 enquanto andava na passarela do Bonocô, tive uma falta de ar muito grande e quase desmaio. Mais uma vez emergência e mais uma vez diagnosticada com crise de ansiedade. Decidi procurar um cardiologista, pois a esta altura já achava que a falta de ar era na verdade algum problema cardíaco.
O Rx do tórax passado pelo cardiologista diagnosticava um derrame pleural extenso, praticamente 80% e derrame pericárdico. Fui encaminhava ao pneumologista. Em casa o clima já era de muito pânico, minha mãe e meu marido já sofriam pois achavam que podia ser câncer no pulmão.
O pneumologista sabiamente me encaminhou para o reumatologista e juntos diagnosticaram o lúpus em março de 2012. No início foi bem difícil, muitas dores, dose alta de corticoide e grande parte dos efeitos colaterais do remédio. Foram 06 meses tomando corticoide. Não parei de trabalhar, muitas vezes ia com lágrimas nos olhos, uma vez que até os meus pés tiveram muitos pontos de inflamação.
O trabalho me dava ânimo e eu não poderia me entregar. De lá pra cá nenhuma crise séria, sinto dores esporadicamente e agradeço a Deus todos os dias por isso. Costumo dizer que o lúpus foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida.
Mudei meus hábitos, passei a me dedicar mais a atividades intelectuais, já que não podia me expor ao Sol. Muita mudança interior. Tudo que sou, agradeço ao lúpus e as lições que ele me deu. Agradeço também ao meu reumatologista que me trata até hoje a ele minha gratidão eterna. Ao meu marido, que muitas vezes foi a minha mão esquerda e direita, a você todo o meu amor.
Não façam pesquisas na internet, pois, 90% do que você vai ver são informações trágicas.
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