Meu nome é Rodrigo, tenho 32 anos. Tudo começou quando eu e minha esposa nos mudamos para Portugal. Fomos para a Ilha da Madeira, terra dos avós da minha esposa. Um lugar fascinante, com belezas naturais exuberantes e propício a muitos passeios ao ar livre. No dia em que saímos para uma trilha, fomos mergulhar no mar e quando voltava para cima das pedras senti uma forte dor no ombro direito.
A dor intensificou até ficar insuportável ao ponto de não conseguir levantar o braço nem para trocar de camisa. No dia seguinte a dor sumiu do mesmo jeito que apareceu: do nada! Pensei que fosse apenas um mal jeito. Mas depois a dor apareceu no punho direito. Fui a emergência e disseram que era tendinite. Deram uma injeção de voltaren e passou na mesma hora. Depois as dores apareceram nos joelhos e comecei a suspeitar que aquilo não era coincidência.
Depois começou as dores nas mãos e por mais que colocasse gelo, água quente, tomasse anti-inflamatório, a dor não ia embora, apenas migrava. Fui de novo na emergência e o médico disse que era gota ou artrite reumatoide. Ela me encaminhou para um reumatologista. Tomei remédios para gota e nada resolvia. Quando finalmente consegui falar com um reumatologista, ele passou os exames e confirmou o diagnóstico de artrite reumatoide.
Quando iniciei o corticoide e hidroxicloroquina as crises cessaram e passaram a ser dores mais fracas e isoladas. Resumindo, levei 6 meses para descobrir o que era desde a primeira crise de dor no ombro. Passei por situações desesperadoras onde precisei da ajuda da minha esposa para desabotoar a calça, ir ao banheiro e trocar de roupa. Minha esposa saía para trabalhar e quando chegava em casa, ela me encontrava na mesma posição: sem banho, sem comida e com a mesma roupa.
Quase bati o carro duas vezes por dirigir com dor, não conseguia nem girar a chave para abrir a porta de casa. A sensação era a de ter tomado uma surra de martelo. Parecia que um elefante estava pisando em cima das minhas mãos. Hoje com a medicação posso dizer que tenho uma vida normal, mesmo tendo feito uma pequena cirurgia provocada por uma perda óssea no punho direito.
Ainda pretendo parar de fumar de vez, mudar a alimentação e praticar algum exercício sem impacto. Lembrar dessa fase ainda é uma situação na minha vida muito difícil pois a mudança de país, distância dos amigos e familiares e desentendimentos com a minha esposa provocaram uma onda de estresse que eu jamais havia sentido e creio que isto ajudou a desencadear a doença.
Já me deixei abater muitas vezes. Mas a luta contra a doença é uma batalha mental maior do que a batalha física. Todos os dias tenho que me fortalecer mentalmente para seguir em frente. É uma escolha diária, vou melhorar ou vou morrer tentando. Desistir,jamais!
Fidelidade total e irrestrita ao tratamento! Sua qualidade de vida depende disso. Temos que ter em mente que somos pessoas especiais e precisamos de cuidados.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
É simples, preencha o formulário no link http://goo.gl/UwaJQ4
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