As mulheres estão entre as principais vítimas das doenças reumáticas. Durante a gravidez as doenças reumatológicas exigem ainda mais atenção.
As mulheres estão entre as principais vítimas das doenças reumáticas. A ebulição hormonal e a produção de anticorpos, que na mulher é maior, provoca uma grande variedade de desordens crônicas, que podem provocar o comprometimento de órgãos e sistemas, além de doenças autoimunes. E em razão da maioria delas incidir na idade fértil, a gravidez representa um desafio importante para reumatologistas e obstetras. As doenças reumáticas podem provocar dificuldade para engravidar, abortos, nascimento de prematuros e outros problemas, como a eclampsia.
A Sociedade Paranaense de Reumatologia (SPR) orienta a todos os médicos, neste caso com mais ênfase aos obstetras, que se mantenham alertas a sintomas que possam indicar doenças reumáticas ou autoimunes, durante o período gestacional. Os cuidados incluem o aconselhamento preconcepção e o acompanhamento dos efeitos da gravidez em tais doenças e vice – versa. “É fundamental a atenção redobrada do profissional, além do conhecimento de todo o histórico da mulher e contato com seu reumatologista para saber a atividade da doença, dano aos órgãos, o perfil sorológico”, explica o médico Marco Rocha Loures.
“Além disso, é essencial a conscientizar a parturiente de possíveis complicações, e da necessidade de estreita vigilância durante a gravidez e o puerpério incluindo. Nem todas as gestações em mulheres com doenças reumáticas devem ser consideradas como gestação de alto risco”, orienta Loures. O surgimento de doenças autoimunes nas mulheres como artrite reumatoide e lúpus está ligado a uma tendência maior de produção de anticorpos, diferentemente dos homens, segundo a SPR.
Entre estas doenças, as mais frequentes são a artrite reumatoide, que afeta três vezes mais mulheres do que em homens e o lúpus eritematoso sistêmico, na proporção de dez mulheres para cada homem. “O surgimento dessas patologias nas mulheres está ligado a uma tendência maior de produção de auto anticorpos, comparado com os homens”, completa o reumatologista.
Fonte: Sociedade Paranaense de Reumatologia
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