Com hábitos simples é possível manter a saúde em dia e deixar mais distantes as chances desenvolver problemas cardiovasculares.
As doenças cardiovasculares, que afetam o sistema circulatório, estão entre as que mais causam mortes no mundo: estimam-se mais de 380 mil casos em 2017, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Os principais fatores de risco para tais doenças envolvem o estilo de vida desregrado e os níveis elevados de LDL, conhecido como “colesterol ruim”, porque contribui diretamente para a formação e o aumento das placas de gordura na parede dos vasos sanguíneos – que aumentam o risco de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame).
Prevenir, estar atento aos sinais e aderir corretamente ao tratamento proposto pelo cardiologista, sem abandoná-lo diante dos sinais amenizados, podem evitar muitas dessas mortes. E, como mencionado anteriormente, os níveis de HDL e LDL precisam estar sempre regulados para uma vida mais saudável.
Segundo o cardiologista Jairo Lins Borges, professor do departamento de Cardiologia da Unifesp, a mudança de hábitos de vida como adotar uma dieta balanceada, prática de atividades físicas, redução do consumo de bebidas alcoólicas e cessão do tabagismo estão entre as principais formas de equilibrar os níveis para uma vida melhor.
Abaixo, seguem sete dicas do Dr. Jairo para reduzir o LDL e aumentar o HDL:
Tabagismo
O fumo é altamente prejudicial ao endotélio vascular, afetando a elasticidade das artérias e o controle motor (tônus) do vaso, além de reduzir os níveis de HDL (bom colesterol). Nesse caso, é importante parar com o hábito de fumar o mais rápido possível.
Álcool
Consumir altas quantidades de álcool pode aumentar a pressão arterial e afetar órgãos como fígado, cérebro e coração. Além disso, as bebidas alcoólicas são calóricas e podem aumentar os níveis de LDL.
Atenção ao uso de remédios
Algumas medicações comumente usadas pela população podem provocar reduções dos níveis de HDL, como os anti-hipertensivos betabloqueadores, como atenolol, propranolol e bisoprolol, e ansiolíticos do grupo benzodiazepínicos, como diazepam. Esteroides anabolizantes ou qualquer outra droga que contenha androgênios ou seus precursores também reduzem os níveis de HDL.
Cuidados com o peso
Não só quem está acima do peso pode ter colesterol alto. Porém, para pessoas com IMC maior que 25 e, principalmente, naquelas com IMC maior que 35, cada quilo de peso perdido conta. Em média, para cada 2,5 kg emagrecidos, o HDL sobe 1 mg/dl. Portanto, uma pessoa com colesterol HDL de 35 mg/dl que consegue emagrecer de 100 kg para 75 kg, terá o seu colesterol HDL aumentado para cerca de 45 mg/dl.
Dieta
É importante priorizar o consumo de gorduras mais saudáveis, que estão presentes no azeite, azeitonas, abacate, óleo de canola, oleaginosas e peixes ricos em ômega 3, que ajudam a reduzir o LDL e a aumentar o HDL. Além disso, o consumo diário de alimentos ricos em fibras, como farelo de aveia, legumes, frutas e verduras colabora na manutenção do colesterol. Importante também reduzir o consumo de carboidratos e priorizar a ingestão de água.
Atividade física regular
Recomenda-se a prática regular de atividade física para auxiliar na prevenção e no controle das doenças cardiovasculares, pois ajuda na perda de peso, na redução do mau colesterol (LDL), no aumento do bom colesterol (HDL), no controle da hipertensão e na redução dos níveis de açúcar no sangue. Os aeróbicos são considerados a melhor opção.
Estresse
Cada vez mais frequente, devido à rotina agitada do mundo moderno, o estresse provoca uma série de alterações, como aumento da frequência cardíaca, vasoconstrição, aumento da pressão arterial e, como consequência, o aumento de hábitos que influenciam nos níveis de colesterol.
Além dessas dicas, Dr. Jairo reforça a importância de que todas essas mudanças de hábito estejam alinhadas ao tratamento medicamentoso, que deve ser seguido de acordo com a prescrição médica e não pode ser abandonado para não alterar os resultados finais.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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