A esclerose múltipla (EM), doença autoimune que afeta a bainha de mielina dos neurônios, afeta predominantemente pessoas entre 20 e 40 anos e possui sintomas como déficit visual, visão dupla, fadiga, dormência/ formigamento, menor sensibilidade ou fraqueza em membros, tronco ou face, entre outros, com períodos de exacerbação intercalados com remissão. O que o paciente com doença reumática imunomediada (DRIM) têm em comum com os pacientes com EM?
Pode ser difícil diferenciar a EM de outras doenças reumáticas como lúpus, síndrome do anticorpo antifosfolípede e síndrome de Sjögren, por exemplo, especialmente no início da doença caso estas se apresentem apenas com manifestações no SNC.
No LES e na SAF o acidente vascular cerebral (AVC), crises convulsivas e condições psiquiátricas são mais comuns que na EM. Assim como dores de cabeça, alterações sanguíneas como plaquetas baixas ou envolvimento do sistema nervoso periférico (nervos), raros na EM.
A mielite transversa (inflamação da medula espinhal) e a neurite óptica (inflamação do nervo óptico) podem fazer parte do espectro da EM ou também ser manifestação de outra DRIM.
Até 1/3 dos pacientes com síndrome de Sjögren podem ter manifestações neurológicas semelhantes a EM na fase inicial da doença, quando além de boca e olhos secos o paciente pode não ter nenhum outro achado.
O FAN pode até “atrapalhar” já que pode ser positivo em até 1/3 dos pacientes com EM, normalmente em baixos títulos e padrões não específicos. Alguns anticorpos raramente aparecem na EM como o anti-DNA ou o anti-SM presentes no LES, já o anti-Ro/SSA pode ser visto em alguns casos.
A pesquisa das famosas bandas oligoclonais no líquor não são tão específicas para EM e podem ocorrer em até metade dos casos de LES. Assim como as lesões multifocais em substância branca cerebral na RNM podem ser semelhantes e serão analisadas com cuidado pelo neurologista e reumatologista.
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