Comecei a sentir dores na escolinha quando tinha apenas 4 anos de idade, meus pais contam que eu comecei a me queixar de dores no joelho e eles perguntavam as minhas professoras se eu tinha caído do parquinho ou se havia levado alguma queda por estar me queixando de dor e as professoras diziam que não.
Então começaram os quadros de febre, como meus pais não tinham condições de me levar em médicos particulares, me levaram em vários médicos do sus e nenhum conseguia descobrir o que eu tinha, só passava remédios para febre e a mesma nunca passavam… até que uma tia minha, que morava na capital Baiana (Salvador) conseguiu marcar uma consulta com um dos melhores reumatologistas da Bahia, como esse reumato era professor da UFBA, na época ele atendia pelo SUS com sua equipe de alunos.
Então, me lembro que me colocaram em uma maca para me examinar e todos ficaram discutindo sobre meu caso, mas eu não estava entendendo nada pois só tinha 4 anos. até que nesse dia o Dr. Mittermayer me diagnosticou com Artrite reumatoide juvenil, de lá pra cá tomei vários remédios que não lembro o nome e varias benzetacil, teve um ano que parei até de estudar pois não aguentava ir para a escola, então parei de estudar.
Quando finalmente a artrite foi controlada, continuei fazendo o tratamento, mas depois de um tempo acabei parando por questões financeiras e falta de informação dos meus pais que achavam que isso não iria impactar na minha vida, mas, infelizmente impactou… com o tempo, eu fui ficando com sequelas no quadril e no joelho, até que voltei a fazer o tratamento e as coisas melhoraram.
Mas, em 2009 eu tive uma crise da doença e entrei no hospital de cadeira de rodas, pois não aguentava andar, fiquei 20 dias internada e quando recebi alta minha vida mudou, pois os cuidados passaram a ser redobrados, comecei a fazer fisioterapia e cuidar mais de minha saúde, passado um tempo, os remédios via oral estavam ficando cada vez mais fracos, então meu medico resolveu iniciar meu tratamento com o Biológico (Infliximabe)… achei que eles demoraram muito tempo para tomar essa decisão mas alegavam que eu era muito nova e esse remédio era muito forte, então por conta de minha idade não haviam passado antes.
Hoje as coisas melhoraram e eu ainda tomo infliximabe acompanhado de metotrexato, mas minha artrite ainda está muito ativa e eu tenho sentido muitas dores, sempre me lamentei muito, me perguntando por que passei por essas coisas desde criança, mas procuro ser grata sempre, pois sei que existem pessoas que estão em situações piores e reclamar não resolve nada, pelo contrario, só piora.
Sempre busquei estudar para melhorar de vida e continuo na luta, e sei que um dia irei vencer.
O conselho que dou para os pacientes reumáticos é ter paciência e buscar sempre ser feliz, pois a felicidade ajuda a amenizar a dor.
Meu nome é Géssica, tenho 28 anos, fui diagnosticada com Artrite Idiopática Juvenil a 24 anos, sou Estudante de Contabilidade e moro em Feira de Santana – BA.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
É simples, preencha o formulário no link http://ow.ly/gGra50nFGJp
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#Depoimento
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