Embora mais comum a partir dos 40 anos, o glaucoma pode surgir em qualquer idade, até mesmo em recém-nascidos, e é uma das principais causas de cegueira no mundo. A conscientização sobre a doença é reforçada este mês pela Campanha Maio Verde, sendo que 26 de maio é o Dia Nacional de Combate à Cegueira pelo Glaucoma. A estimativa da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) é que mais de 2,5 milhões de pessoas tenham a doença no país e quase 70% desse total desconhecem que convivem com a enfermidade 1.
O glaucoma geralmente progride de forma assintomática, em razão da ausência de dor ou de outro tipo de incômodo nos olhos. A doença é caracterizada pelo aumento da pressão intraocular, que quando elevada suficientemente causa danos ao nervo óptico, estrutura que liga o olho ao cérebro para formar a visão, e pode levar anos para os primeiros sintomas serem percebidos pelo paciente.
Um dos sinais de alerta, que indica o avanço do glaucoma , é a perda da visão periférica. “A pessoa sente dificuldade para visualizar objetos pelo canto do olho, algo que antes ocorria naturalmente, e passa a precisar movimentar a cabeça ou os olhos para enxergar o que está fora do campo visual central”, alerta o Dr. Luiz Alberto Melo, oftalmologista especialista em glaucoma do H.Olhos de São Paulo.
O médico esclarece que, “em parte dos casos, a pessoa já nasce geneticamente predisposta a ter a doença”. De acordo com ele, “entre os tipos de glaucoma, o mais comum é o primário de ângulo aberto, condição crônica relacionada ao aumento da pressão dentro do olho que, consequentemente, causa lesões no nervo óptico”. Já os glaucomas secundários podem ser resultado de traumas oculares, de doenças como o diabetes ou do uso de alguns medicamentos.2
Mais raro, o glaucoma congênito surge em bebês e crianças pequenas. A doença é causada por um erro na formação do sistema de drenagem do olho, que leva a um acúmulo de fluido e aumento da pressão intraocular.3 “Para que seja diagnosticada e tratada a tempo é fundamental realizar a triagem oftalmológica a partir do nascimento”, recomenda o oftalmologista.
O glaucoma é uma condição irreversível, que não tem cura, mas com o tratamento correto é possível evitar a progressão da doença. A prevenção é feita em consultas oftalmológicas de rotina, por meio de exames realizados no próprio consultório como o do fundo de olho e de medição da pressão intraocular. Em algumas situações, o médico poderá solicitar exames complementares para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento, que poderá incluir colírios, medicamentos, uso de laser e cirurgia.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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