Quem é paciente ou convive com alguém com doença reumática sabe que a dor, rigidez e fadiga são sintomas conhecidos e até considerados normais. O que muitos não sabem é que é possível controlar a dor das doenças reumatológicas e até mesmo, viver sem dor. Este caminho passa por uma maior consciência sobre si e, principalmente, pelo acompanhamento médico. A descoberta da doença precocemente também é um fator importante para que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida. “Quando a doença é descoberta no início e tratada logo ajuda muito no controle da dor”, explica a reumatologista, Dra. Maria Luiza Machado.
Sabemos que os sintomas agudos da doença são intensos e que, mesmo após o início do tratamento, novas crises de dor podem surgir. É importante que o paciente encare estes sintomas da doença como um termômetro para ajudá-lo a identificar a causa da dor e poder resolvê-la. “Sentir dor não é normal, principalmente se a dor impõe limitações às atividades diárias. Dessa forma, o paciente deve conversar com o seu médico, que irá procurar a medicação adequada. Se bem tratado, o paciente poderá viver sem dor pelo resto da vida”, esclarece o médico reumatologista, Dr. Thiago Bitar.
Converse com o seu médico
A relação médico-paciente é muito importante para o tratamento. O médico reumatologista é o profissional responsável por tratar e acompanhar o paciente que possui doença reumática. Nas consultas, é importante que o paciente converse abertamente, sem receios ou timidez, sobre suas dores. “Sempre que possível peço aos meu pacientes para anotarem o que melhorou ou piorou, onde, por quanto tempo, o que alivia, etc. É fundamental termos esse retorno para poder ajudá-lo”, destaca Dra. Maria Luiza.
Saiba como controlar a dor
O tratamento das doenças como a artrite reumatoide, artrite psoriásica, espondilite anquilosante, fibromialgia, lúpus e outras doenças reumatológicas envolve acompanhamento médico, fisioterapia e mudança de estilo de vida. Saiba mais.
Exercício físico: Engana-se quem pensa que o exercício físico por ser uma atividade que exige esforço das articulações do corpo pode ser prejudicial a quem convive com doença reumática. “Na fase aguda inflamatória tem de se poupar, mas assim que possível há de se iniciar o exercício físico. A atrofia muscular piora demais a dor. E a prática de atividade física a evita”, esclarece Dra. Maria Luiza.
Evite a automedicação: É importante evitar a automedicação indiscriminada de anti-inflamatórios e outras drogas que podem trazer sérios riscos à saúde. “Alguns medicamentos podem prejudicar os rins, fígado e até mesmo levar o paciente ao vício”, alerta Dr. Tiago. Em relação aos medicamentos, os DMARDs, Drogas Modificadoras de Atividade da Doença, são utilizados como primeira escolha para combater a doença. Eles podem ser associados ou não com inflamatórios, analgésicos simples ou opióides.
Medicamentos biológicos: Se há resistência ao tratamento, sem resposta por pelo menos três meses a qualquer medicamento, como os DMARDs, uma saída é conversar com o médico sobre a possibilidade de iniciar a terapia com os medicamentos biológicos. “Os biológicos são muito mais precisos e seletivos que os medicamentos convencionais, já que são desenhados para inativar mecanismos específicos da inflamação”, destaca Dra. Maria Luiza.
Para atingir a remissão e ter o controle da dor, os pacientes reumatológicos, devem dedicar-se ao tratamento medicamentoso, multidisciplinar e com bons hábitos de vida, encontrar o equilíbrio. Converse sempre com o seu reumatologista e procure entender o plano de gerenciamento da sua doença.
Descubra mais sobre Artrite Reumatoide
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.