30Vergonha de sorrir, medo de bocejar, receio em beijar. Esses são apenas alguns pontos de estresse na vida de brasileiros que enfrentam a condição da perda de dentes. Hoje, são 39 milhões1 de pessoas que usam próteses dentárias no país, sendo que 1 em cada 5 tem entre 25 e 44 anos1. Afetados por tabus e estigmas, esses milhões de brasileiros passam por situações inimagináveis para a maioria das pessoas. Para aqueles que estão em fase de envelhecimento, a perda dentária é a segunda questão que mais afeta a qualidade de vida, atrás apenas das dores no corpo, segundo pesquisa “Percepções latino-americanas sobre perda de dentes e autoconfiança”, realizada pela Edelman Insights.
O estudo ouviu 600 pessoas entre 45 e 70 anos, em quatro países da América Latina, incluindo o Brasil, entre Maio e Junho deste ano, e constatou que as relações sociais, a autopercepção, a autoestima e a qualidade de vida são muito impactadas pela perda de dentes. Entre os brasileiros, os resultados mostram que para 42% dos entrevistados revelam não viver a vida ao máximo após a perda de dentes e 66% consideram que seu sorriso ficou pior, enquanto 54% se sentem menos confiantes para sorrir e gargalhar em público. “Não poder almoçar ou jantar com ninguém que não soubesse do meu caso bucal [é um dos piores momentos]. Em relação às pessoas, fico escondendo o sorriso. E sou corretor de imóveis, é complicado”, revelou brasileiro de 50 anos, durante a pesquisa.
Chamam atenção, ainda, os dados que apontam que 52% consideram que a perda de dentes deixou a aparência do seu rosto pior; e o fato de 43% dos respondentes afirmarem que a perda de dentes lhes atrapalha namorar ou paquerar, sendo que 21% dizem que a condição lhes impediu de fazer novos amigos. Já sobre a fala e a alimentação, 38% dos entrevistados se sentem mais inseguros para ir a festas e eventos sociais; e 41% relataram mais dificuldade na pronúncia das palavras após a perda de dentes. Seguem abaixo mais alguns achados interessantes da pesquisa:
32% concordam que a perda de dentes impede de ter um estilo de vida saudável e ativo;
23% dizem que a perda de dentes os afastou do marido/ esposa;
38% revelam ter menos confiança em sua aparência para ir a uma entrevista de emprego;
46% se sentem menos atraentes;
34% se sentem menos confiantes em si mesmos.
Diálogo e acolhimento para vencer o estigma
A perda de dentes e o uso de próteses fazem parte de uma história de falta de acesso a informação e educação sobre saúde oral, a profissionais qualificados ou desafios financeiros. Os implantes dentários, embora desejados, ainda são inacessíveis à maioria da população. Apesar de o Brasil concentrar 30,2 milhões de idosos2 e da alta incidência de perda dentária e uso de dentaduras, ainda há poucos odontogeriatras no país. Tal especialidade só passou a ser oficial em 20013, enquanto não mais de 35-40 das 220 faculdades de odontologia oferecem o curso. Hoje, não existem mais de 300 odontogeriatras no Brasil4.
“É preciso compreender as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que perderam os dentes e ajudá-las a encontrar um bom especialista que as auxilie na escolha de uma prótese adequada, de boa qualidade. O objetivo é que os pacientes tenham acesso à informação e conheçam os melhores produtos disponíveis no mercado para confecção, fixação e limpeza da prótese. Dessa forma, utilizando esses produtos e seguindo as orientações do dentista, estas pessoas terão uma experiência que vai melhorar sua qualidade de vida”, afirma a ondontogeriatra Tânia Lacerda, membro da Câmara Técnica de Odontogeriatria do CROSP – Conselho Regional de Odontologia de São Paulo.
Para ela, a odontogeriatria é uma especialidade-chave para entender a jornada do paciente em situação de envelhecimento, seus medos e anseios, e prover soluções para que eles possam viver uma vida ativa, sem estigmas e com qualidade.
“Nós recebemos depoimentos muito tocantes todos os dias. Por isso, encomendamos esta pesquisa para entender em profundidade como a perda de dentes impacta na vida social das pessoas. Estamos ainda mais certos de que o diálogo público é a única forma de normalizar uma condição que já afeta a quase 40 milhões de brasileiros, dentre eles pessoas em idade produtiva e ativa, ou idosos que buscam mais qualidade no processo de envelhecimento. Ao tratar o tema como tabu, contribuímos para que as pessoas se isolem. Nosso compromisso, é desenvolver produtos e um ambiente para que se tenha mais autoconfiança para viver a vida em todo seu potencial”, ressalta Andrea Rolim, presidente da GSK Consumer Healthcare no Brasil.
Fonte: GSK
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