Os pacientes com artrite reumatóide devem ficar atentos a maior possibilidade de desenvolver outras doenças associadas, chamadas de comorbidades. De acordo com a médica reumatologista, Ieda Maria Magalhães Laurindo, a principal mortalidade desses pacientes é por conta de eventos cardiovasculares. “Mais de 40% das pessoas com artrite reumatoide morrem por alguma complicação relacionada ao coração, como infarto do miocárdio e derrames”, explicou durante o Congresso Brasileiro de Reumatologia, realizado em setembro de 2018.
Além das complicações cardíacas, os pacientes também podem desenvolver linfomas, hepatites B e C, hipertensão e diabetes. Outro dado que chama atenção mostra que muitos desses pacientes apesar de terem conhecimento da comorbidade, não buscam tratamento. “Estudos internacionais apontam que cerca de 15% dos pacientes no mundo todo não tratam a hipertensão e nem o diabetes”, contou a médica.
O caminho para evitar as comorbidades passa pela remissão da doença reumatológica. “Observamos que há uma relação entre a ativação da doença com os fatores de risco para as comorbidades. Por isso, é importante alcançar a remissão”, destacou dra. Leda.
Fatores que contribuem para as comorbidades
A especialista destacou que aqueles que vivem uma rotina de estresse, possuem depressão, seguem uma dieta inadequada e são sedentários são considerados pacientes de alto risco para desenvolvimento das comorbidades.
Além desses fatores, o uso de medicamentos também merece atenção. “Os inflamatórios e corticóides são capazes de aumentar o risco cardiovascular em mais de 50%. Já o metotrexato reduz o risco de doenças do coração”, elucidou a reumatologista.
O fumo é outro fator de risco para o desenvolvimento de doenças associadas como para o próprio desenvolvimento da artrite reumatoide. E, neste caso, inclui-se o fumo passivo. “Uma criança exposta a longos períodos ao tabaco tem maior chance de desenvolver artrite reumatoide, por exemplo. Já para aqueles que já possuem a doença, o fumo aumenta a probabilidade de desenvolver doenças do coração”, pontuou Dra. Ieda Maria.
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