A osteoporose é uma doença osteo-metabólica caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo com consequente aumento da fragilidade óssea e da susceptibilidade a fraturas. As complicações clínicas da osteoporose incluem não só fraturas, mas também dor crônica, depressão, deformidade, perda da independência e aumento da mortalidade. Estima-se que cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens com idade igual ou superior a 50 anos sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida. Aproximadamente 5% dos indivíduos que apresentam fratura de quadril morrem durante a internação hospitalar, 12% morrem nos 3 meses subsequentes e 20% morrem no ano seguinte ao da fratura, conforme dados norte-americanos. Pesquisa conduzida no Rio de Janeiro, em hospitais públicos, revelou mortalidade de 23,6% nos 3 meses subsequentes à fratura de fêmur.
CIDs- 10 Doenças contempladas neste protocolo de tratamento:
- M80.0 Osteoporose pós-menopáusica com fratura patológica
- M80.1 Osteoporose pós-ooforectomia com fratura patológica
- M80.2 Osteoporose de desuso com fratura patológica
- M80.3 Osteoporose por má absorção pós-cirúrgica com fratura patológica
- M80.4 Osteoporose induzida por drogas com fratura patológica
- M80.5 Osteoporose idiopática com fratura patológica
- M80.8 Outras osteoporoses com fratura patológica
- M81.0 Osteoporose pós-menopáusica
- M81.1 Osteoporose pós-ooforectomia
- M81.2 Osteoporose de desuso
- M81.3 Osteoporose devido a má absorção pós-cirúrgica
- M81.4 Osteoporose induzida por drogas
- M81.5 Osteoporose idiopática
- M81.6 Osteoporose localizada
- M81.8 Outras osteoporoses
- M82.0 Osteoporose na mielomatose múltipla
- M82.1 Osteoporose em distúrbios endócrinos
- M82.8 Osteoporose em outras doenças classificadas em outra parte.
Lista de Medicamentos
- Carbonato de cálcio: comprimidos de 1.250 mg
- Calcitriol: cápsulas de 0,25 mcg
- Carbonato de cálcio + colecalciferol: comprimidos de 500 mg + 400 UI
- Carbonato de cálcio + colecalciferol: comprimidos de 600 mg + 400 UI
- Alendronato de sódio: comprimidos de 10 e 70 mg
- Risedronato de sódio: comprimidos de 5 e 35 mg
- Raloxifeno: comprimidos de 60 mg
- Estrógenos conjugados: comprimidos de 0,3 mg
- Calcitonina: spray nasal com 200 UI/dose ou ampola injetável de 50 e 100 UI
- Pamidronato dissódico: pó liofilizado para solução injetável de 30 mg e 60 mg
Para que os medicamentos sejam dispensados é necessário que o médico preencha o documento Laudo de Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamento do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica LME.
- LME” para impressão
- “LME” para preenchimento online
- Instruções para preenchimento do “LME”
- Cartilha de Orientação ao Paciente
Administração do medicamento
Carbonato de cálcio: dose de 500-2.000 mg/dia por via oral.
Colecalciferol: dose de 800-1.000 UI/dia por via oral.
Calcitriol: dose de 0,25 mcg, duas vezes ao dia, por via oral.
Alendronato de sódio: dose de 10 mg/dia, por via oral, ou 70 mg/1 vez por semana, por via oral. Deve ser ingerido em jejum pelo menos meia hora antes da primeira refeição e de outros medicamentos com um copo de água (200 mL). Após a ingestão, o paciente deve ficar sentado ou de pé por pelo menos 30 minutos.
Risedronato de sódio: dose de 5 mg/dia ou 35 mg/1 vez por semana, por via oral. Deve ser ingerido em jejum pelo menos meia hora antes da primeira refeição e de outros medicamentos com um copo de água. Após a ingestão, o paciente deve ficar sentado ou de pé por 30 minutos.
Raloxifeno: dose de 60 mg/dia, por via oral.
Estrógenos conjugados: dose individualizada, por via oral.
Calcitonina: dose de 200 UI/dia, por via tópica nasal, ou 100 UI/dia injetável, por via subcutânea.
Pamidronato dissódico: dose de 60 mg, por via intravenosa a cada 3 meses. Após reconstituição, deve-se diluir o fármaco em 500 mL de soro fisiológico. A duração mínima da infusão é de 2 horas.
Monitorização: Controle de Segurança de uso dos medicamentos
A adesão a medidas farmacológicas e não farmacológicas deve ser avaliada regularmente durante o tratamento. Deve-se reforçar a importância do uso correto dos medicamentos e identificar e tratar possíveis efeitos adversos que contribuam para a má adesão. Fatores de risco devem ser reavaliados a cada consulta. A ocorrência de fratura osteoporótica durante o tratamento não caracteriza falha terapêutica. Inexistem evidências de bom nível mostrando benefício de DMO seriadas para avaliação de resposta ou definição de conduta após o início do tratamento. A principal causa de redução na densidade óssea ao final do primeiro ano é a má adesão. Má resposta pode ser considerada em pacientes que apresentam nova fratura de baixo impacto após 1 ano de tratamento contínuo com boa adesão, incluindo adequada ingestão de cálcio e vitamina D, e que apresentam queda da densidade óssea para valores abaixo dos observados pré-tratamento. Marcadores bioquímicos não devem ser utilizados para monitorização.
Critérios de Inclusão e Exclusão
Serão incluídos neste Protocolo mulheres na pós-menopausa e homens com idade igual ou superior a 50 anos que apresentarem pelo menos uma das condições abaixo:
- fratura de baixo impacto de fêmur, quadril ou vértebra (clínica ou morfométrica), comprovada radiológicamente;
- exame densitométrico com escore T igual ou inferior a – 2,5 no fêmur proximal ou coluna;
- baixa massa óssea (escore T entre -1,5 e -2,5 no fêmur proximal ou coluna) em paciente com idade igual ou superior a 70 anos e “caidor” (2 ou mais quedas nos últimos 6 meses). Por fratura de baixo impacto entende-se as decorrentes de queda da própria altura ou menos.
Serão excluídos pacientes que apresentarem hipersensibilidade, contraindicação ou intolerância a medicamento preconizado neste Protocolo.
Fonte: Portal Ministério da Saúde
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Faço uso IBANDRONATO DE SÓDIO 150mg, este não causa problemas com meu estômago, mas não vi aqui, na Lista do alto custo, Nem o DESUNANBE(PROLIA), não consta.
Como posso adquirir no programa de alto custo?
Neide
Quebrei o joelho 2vezes em em 15 meses tô procurando injeção p tomar no lugar dos comprimidos, tem esse medicamento pelo EUS ou Alto custo?
Sonia, existem medicamentos fornecidos para o tratamento da osteoporose no SUS, converse com o seu médico e veja abaixo o que vc precisa ter para pegar medicamentos nas farmácias de alto custo:
❇️ Como ter acesso aos medicamentos fornecido no SUS por meio da Farmacia de Alto Custo?
✔️Deve ser prescrito pelo médico e com preenchimento de todos os formulários oficiais, que incluem:
✔️Preencher critérios de indicações clínicas (do PCDT do Ministério da Saúde);
✔️LME (laudo de medicamentos especializado) preenchida e com número do CNS (Cartão Nacional do SUS) e também CPF Ou CNeS do Médico prescritor;
✔️Receita em duas vias com validade para 6 meses;
✔️Exames conforme critérios da (do PCDT do Ministério da Saúde);
✔️Relatório Médico com índice de atividade da doença;
✔️Relatório Médico Consubstanciado: justificando prescrição médica fora da lista de custo-minimização*
✔️Renovação do processo da LME, exames realizados a cada 6 meses para garantir a segurança do uso dos medicamentos de alto custo.
Eu uso para osteoporose o injetável prolia
Boa noite,eu tomo prolia injeção e o cálcio fixare, gostaria de saber se tem na lista da farmácia de auto custo de Brasília distrito federal
PRECISO USAR FORTEO DE 20MG URGENTE. ESSE MEDICAMENTO É FORNECIDO PELA FARACIAL DE AUTO CUSTO EM PERNAMBUCO?
Olá Maria, para o medicamento ser fornecido pelo SUS ele deve constar na receito o nome do principio ativo, e não da marca, por esse nome não sei te informar, mas você pode ir até a farmacia de alto custo da sua cidade e pedir essa informação.
Protos 2 é uma medicação ótima para reposição da massa óssea; este medicamento não consta na lista de cadastro para o SUS.
Joanilda, o ranelato de estrôncio (protos) não faz parte da lista do SUS, mas em breve vai acontecer consultas pública e será uma oportunidade para nós pacientes indicarmos as inclusões.