Quem já precisou imobilizar alguma parte do corpo, sabe o quanto esse processo tende a ser desconfortável. Além das dificuldades para tomar banho, o paciente também precisa saber lidar com o calor, a coceira, a transpiração, o mau cheiro e até mesmo o peso devido às várias camadas de malha de tecido, algodão e gesso. Foi buscando desengessar a ortopedia no Brasil e no mundo, de forma segura e eficaz, que a Fix it está reinventando a forma como as pessoas tratam lesões ortopédicas que necessitam de imobilização e substituiu todo o processo por órteses de plástico.
De acordo com Felipe Neves, fundador e CEO da Fix it, as órteses produzidas pela healthtech, além de serem mais leves que o gesso hospitalar, são arejadas, não alergênicas e podem molhar, não privando o paciente de determinados momentos de lazer e descontração, tornando o período de imobilização mais agradável e consequentemente mais eficaz. “Se engana quem pensa que essas são as únicas vantagens das órteses. A Fix it também oferece um serviço personalizado, permitindo que cada um de seus pacientes escolha qual cor deseja usar em sua órtese, variando entre as cores mais discretas como preto ou branco, ou podendo optar pelas mais coloridas como roxo, rosa e azul”, explica.
A startup nasceu com o objetivo de driblar as dificuldades que alguns pacientes adotam no uso do gesso e que são pouco seguras, como uma régua por dentro do gesso para dar uma coçadinha aqui, a ponta da caneta para dar outra coçadinha ali, e os riscos de ferimentos vão aumentando sem que o paciente perceba. Além disso, a aplicação e utilização do gesso envolvem diversos cuidados. Sua má aplicação ou seu mau uso, podem resultar em sérias complicações como a compressão dos vasos sanguíneos ou dos nervos, dormência, formigamento, perda de sensibilidade e até mesmo cianose – condição médica que ocorre quando os tecidos não recebem a quantidade adequada de oxigênio. Isso sem falar nos pacientes que acabam abandonando o gesso antes do previsto devido às dificuldades do seu uso, prejudicando a eficácia de seu tratamento.
“Temos em mente que os procedimentos utilizados em fraturas devem ser os mais práticos, eficientes e confortáveis possíveis e com os modelos tradicionais de imobilizadores isso não acontece. Nós aliamos novas tecnologias com a expertise de vários profissionais para liderar um novo caminho no tratamento de lesões e imobilizações, com tecnologia, praticidade e conforto”, conta Neves.
Atualmente a Fix it possui mais de vinte modelos em seu portfólio, contemplando membros superiores e inferiores, feitos de plástico termomoldável e biodegradável. As soluções têm durabilidade de três anos e ainda podem ser remodeladas, em média, mais quatro vezes após a primeira aplicação. Ou seja, a alternativa não beneficia somente os pacientes, mas também os profissionais que atuam em clínicas e hospitais, pois torna a imobilização mais ágil e prática.
“Nossa proposta é produzir imobilizadores para todas as articulações do corpo e estar presente mundialmente, levando uma solução acessível a todas as classes”, finaliza Herbert Costa, fundador e COO da startup.
Sobre a Fix it
Fundada em novembro de 2015 no Rio Grande do Norte, durante o evento Startup Weekend, a Fix it é uma startup especializada na impressão 3D de soluções ortopédicas, neurológicas e reumatológicas feitas de plástico termomoldável e biodegradável. No início de 2017, participou do programa de aceleração da ACE e iniciou uma parceria com a Braskem Labs, possibilitando a vinda da empresa para São Paulo.
Sobre os fundadores:
Felipe Neves
Fisioterapeuta, Pós-Graduado em Neurogerontologia Felipe Neves é de Recife (PE). Hoje aos 36 anos é CEO e cofundador da Fix it.
Hebert Costa
Biomédico e Especialista em Impressão 3D. Hebert Costa é de Mossoró (RN). Aos 34 anos é CPO e cofundador da Fix it.
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