“Que tiro foi esse?”. Nos posts anteriores de nossa série #oRimLupico, falamos sobre como o rim do (a) paciente com Lúpus “conversa”. Tratamos também de como silenciar quando ele começa a “falar”. Discutimos que para silenciar o rim lúpico é preciso que o “tiro” seja forte e certeiro.
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Mas quais as consequências possíveis deste tiro tão certeiro? Vimos que o tratamento da nefrite lúpica (inflamação renal pelo #Lupus) é feito de uma fase de inicial (indução) – em que se usam altas doses de corticoides e medicamentos imunossupressores mais fortes como a ciclofosfamida – seguida por uma fase posterior (manutenção) com medicamentos mais leves e em menores doses.
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Em doses tão altas, os corticoides podem ter vários efeitos: aumento de peso, pressão alta, diabetes, acne, estrias, catarata, osteonecrose (uma espécie de morte de um pedacinho de um osso, geralmente do quadril), dentre outros.
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Já a ciclofosfamida, um dos medicamentos mais utilizados no “tiro” inicial do tratamento (indução) pode causar esterilidade em mulheres e homens, aumento do risco de infecções, dentre outros efeitos menos frequentes.
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O problema é que os rins estão entre nossos órgãos mais nobres… Se não formos certeiros de acordo com a gravidade do quadro, o risco é “cansaço definitivo” – a insuficiência renal.
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Para minimizar os efeitos do “tiro”, não podemos esquecer:
1) atualizar as vacinas (as que forem indicadas – geralmente vacinas “mortas” – como da gripe e pneumonia)
2) apoio psicológico – aceitação da doença e encontrar formas de lidar com esse novo “normal”,
3) alimentação equilibrada e
4) atividade física (se e quando autorizada pelo seu reumatologista),
5) acompanhamento clínico regular, 6) exames laboratoriais frequentes,
7) não deixar de usar a hidroxicloroquina (tão importante) e
8) proteção solar
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E você? O “tiro” usado no tratamento da sua nefrite causou algum efeito colateral? Conte pra gente aqui.
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