Existe um tipo de lúpus eritematoso que compromete somente a pele é chamado de lúpus eritematoso crônico discóide ou lúpus eritematoso fixo.
Esta espécie peculiar de lúpus ocorre em todas as raças, 2 vezes mais em mulheres que em homens e principalmente dos 25 a 45 anos de idade.
A causa do lúpus eritematoso crônico discóide também não é completamente conhecida. Existem anormalidades imunológicas evidentes. Elas estão relacionadas ao sistema de resistência da pele que parece estar desequilibrado. Vários trabalhos científicos comprovam a existência de auto anticorpos, localizados na pele lesada. Não se sabe ainda “porque e como” estes anticorpos são formados.
Algumas famílias tem maior predisposição a apresentar o lúpus eritematoso crônico discóide porém ele não é considerado doença genética.
As lesões de pele costumam aparecer nas áreas expostas ao sol e também pioram muito no verão, significando que e luz ultravioleta (sol) poderia induzir ou facilitar o aparecimento dos auto anticorpos.
Como são as lesões ?
No lúpus eritematoso fixo ou discóide as lesões aparecem mais no rosto, pescoço, orelhas, lábios, couro cabeludo, colo, braços ss mãos e mais raramente na barriga,
costas, pernas.
As lesões são vermelhas, inchadas, ásperas e muitas vezes parecem com uma cicatriz. Quando surgem no rosto podem deixar marcas e manchas claras ou escuras consideravelmente inestéticas. No couro cabeludo desencadeiam uma elopéia cicatricial.
Dificilmente as lesões podem ser bolhosas ou em feridas.
As lesões do lúpus eritematoso crônico discóide tem alguma coceira e dolorimento.
No caso deste lúpus localizado na pele há poucos sintomas gerais. Não há febre, mal estar ou sintomas de doença mais grave.
Pode ocorrer discreta dor nas juntas. O cabelo cai somente onde ocorrem as lesões deixando cicatriz.
Os exames de laboratório (sangue) são geralmente normais.
A biopsia mostra alteração de inflamação na pele com auto anticorpos entre a epiderme e derme.
O lúpus eritematoso crônico discóide compromete somente a pele sendo menos grave do que o lúpus eritematoso sistêmico. Ele não passa para os filhos e não é infeccioso.
No entanto, ele também precisa ser combatido pois trata-se de uma doença podendo deixar marcas profundas e em raríssimos casos evoluir para Lúpus eritematoso sistêmico.
A pessoa com lúpus de pele deve usar filtro solar constantemente para evitar a piora causada pelo sol.
O tratamento sistêmico específico é feito com cloroquina e raramente corticoides.
As vezes o médico faz uso de cremes ou de infiltrações locais.
O tratamento e controle do lúpus discóide é importante para evolução da doença.
Deve haver confiança entre o médico e o paciente e todas as dúvidas devem ser esclarecidas.
Fonte:Denise Steiner
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