A obesidade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), tornou-se um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Quando o acúmulo excessivo de gordura coincide com a gravidez, o perigo aumenta, deixando tanto mãe quanto filho mais suscetíveis a enfermidades. Além disso, de acordo com o dr. João Bosco Meziara, coordenador dos Representantes Credenciados do Interior da SOGESP, as grávidas obesas possuem maior tendência ao desenvolvimento de diabetes, hipertensão, trombose, falta de ar e problemas ortopédicos.
Considera-se que gestantes ganhem de 12 a 15 kg durante os nove meses da gestação. Quando o ganho de peso é muito superior a isso, é fundamental prevenir-se a fim de evitar uma gravidez de risco. “O ideal é que mulheres obesas emagreçam antes de engravidar. Não com dietas restritivas, mas por meio de soluções mais eficazes como a cirurgia bariátrica, por exemplo. No entanto, quando a gravidez ocorre simultaneamente à obesidade, a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável são essenciais”.
Muitas grávidas podem sentir dificuldade em controlar o peso, uma vez que não se sentem saciadas após as refeições. “Essa excessiva vontade de comer pode ser decorrente de alterações emocionais. Isso porque a fome durante a gestação é completamente psicológica, sem nenhuma alteração biológica que a justifique. Aliás, o aumento do volume uterino comprime o estômago, o que resultaria em um efeito contrário à fome. Logo, deve ficar claro que a gestante não deve comer por dois, como muitos acreditam”, frisou o doutor.
Acompanhamento nutricional, alimentação adequada e prática de exercícios físicos são, portanto, imprescindíveis à rotina da gestante. “Dessa forma, garantem a seus filhos uma boa saúde e uma boa qualidade de vida não só nos nove meses de gestação, mas, também, após o nascimento da criança“, concluiu.
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