A nutrição gestacional é um nicho da medicina voltado para a saúde da gestante e do bebê, que é a partir dos hábitos alimentares da mulher.
Sendo primordial para o bom funcionamento do organismo da grávida e desenvolvimento do feto, a área foca em evitar o aparecimento de distúrbios, como o excesso ou falta de peso, além de outras condições mais graves, como a diabetes gestacional.
Durante a gravidez, tanto a mulher quanto o bebê estão mais propensas a desencadear disfunções que irão impactar na qualidade de vida de ambos.
Por isso, é preciso ficar atento a vários fatores, principalmente a alimentação, que é o meio pelo qual ambos irão adquirir os nutrientes e vitaminas necessários para manter-se saudável.
Assim, a partir do momento em que a mulher descobre a gravidez, é preciso agendar uma consulta com um profissional de nutrição, que irá elaborar o melhor cardápio, de acordo com as necessidades da mãe.
Além disso, esse profissional será fundamental para ajudar a paciente a manter o controle sobre o que come, de forma que alguns alimentos, como salgados de forno para festa, refrigerantes, doces e gorduras sejam ingeridos com moderação.
A importância da boa alimentação na gestação
Os alimentos têm um grande impacto sobre a saúde dos seres vivos. É por meio deles que as pessoas retiram as energias e mantêm o bom funcionamento não apenas dos órgãos, mas do corpo como um todo.
Durante a gravidez, eles tornam-se ainda mais poderosos, pois não só fornecem os nutrientes para a mãe, mas também para o bebê. Afinal, são duas pessoas se fortalecendo da mesma fonte.
Por essa razão, ter uma nutrição regrada durante esse período é primordial para que ocorrências negativas não apareçam ao longo dos noves meses e depois no puerpério, que é a fase em que o organismo da mulher retorna ao estado que era antes da gestação.
Além do mais, a gravidez não se resume apenas ao período que o bebê está dentro da mãe, há também o parto e pós-parto, que requerem o uso das reservas biológicas que, em outras palavras, são as vitaminas armazenadas pelo corpo.
Uma boa alimentação na gestação também possibilita um parto mais tranquilo e previne o surgimento de diversas doenças que afetam não apenas a mãe, mas também o recém-nascido.
Ademais, algumas das condições mais comuns a aparecem durante esta fase são:
- Anemia;
- Diabetes gestacional;
- Infecção urinária;
- Doenças cardiovasculares;
- Obesidade;
- Pré-eclâmpsia;
- Distúrbios da tireoide.
É claro que nem sempre uma boa alimentação, levada em uma bolsa ecobag personalizada, irá impedir a manifestação desses fatores de risco. Entretanto, caso eles apareçam, é uma dieta equilibrada que ajudará a tratá-los com mais sucesso.
Mas, cuidado: comer em abundância alimentos saudáveis também pode desencadear outros problemas, como o excesso de peso, que é uma condição muito comum nesse período.
Sobre o controle do peso
O excesso de peso durante a gestação é um dos problemas mais frequentes. Isso porque o corpo da mãe conserva, naturalmente, um estoque extra de gordura para ter energia durante as 42 semanas e até mesmo durante a amamentação.
Assim, quando há um consumo acima do permitido de alimentos, essa gordura dobra e pode levar ao desenvolvimento da obesidade e de outras complicações. Na mãe, algumas das complicações envolvem tromboembolismo, deficiência de vitamina D e pressão alta.
No feto, pode haver anomalias congênitas, macrossomia, possibilidade de desenvolver obesidade futuramente e até mesmo levar ao aborto.
Contudo, o medo do ganho de peso também não pode virar um gatilho para uma dieta restritiva, pois a falta de alimentos gera deficiência de nutrientes, que também leva ao aparecimento de graves condições.
O certo é manter encontros frequentes com o nutricionista, que terá um controle sobre a quantidade de peso que a mãe está ganhando durante a gestação por meio do Índice de Massa Corporal (IMC).
Calculado a partir do peso antes da gestação e o atual, o IMC é uma ótima ferramenta para ter controle sobre o ganho de gordura, juntamente com outros acessórios.
Inclusive, uma agenda personalizada com logo ou desenhos e frases motivacionais sobre a boa alimentação é uma ótima ferramenta para criar um espaço de controle sobre o ganho de peso e também sobre os alimentos que estão sendo ingeridos.
De acordo com especialistas, o ideal é que a gestante ganhe, no primeiro trimestre, até dois quilos, de forma que finalize a gravidez com até quinze quilos a mais, o suficiente para um desenvolvimento adequado do bebê.
É claro que esse número pode variar, afinal, cada corpo tem suas especificidades e necessidades diferentes.
O ideal é manter-se focada na dieta saudável, mesmo quando passar por aquela fachada loja moderna que vende deliciosos doces.
Quais são os nutrientes essenciais?
Para um aumento dos tecidos maternos adequados, ou seja, ganho de peso e estoque de nutrientes, alguns alimentos não podem sair do prato, e para que esse controle seja mais fácil, muitos nutricionistas os dividem conforme as fases da gestação.
No primeiro trimestre, é recomendável o consumo de alimentos ricos em ácido fólico, também conhecido como vitamina B9, importante para o desenvolvimento do sistema nervoso do feto e também para controlar ou diminuir a pressão arterial da gestante.
Essa vitamina pode ser encontrada em vários alimentos, como brócolis, aspargos, beterraba crua, feijão, espinafre, lentilha e ervilhas.
No segundo trimestre, as grávidas devem ingerir vitamina C, que estimula a produção de colágeno e fortalece o sistema imunológico.Ela é encontrada na laranja, acerola, pimentão amarelo, mamão, goiaba, salsa e kiwi.
Além disso, é importante ingerir magnésio, que incentiva o desenvolvimento dos tecidos corporais, e que pode ser encontrado nas leguminosas, abacate e nozes.
Outra vitamina importante para o segundo trimestre é a vitamina B6, que previne a depressão pós-parto e estimula o ganho de peso do feto. Ela pode ser absorvida por meio de carnes, soja, aves, cereais e peixes.
Já para o terceiro trimestre, a gestante deve intensificar o seu consumo de cálcio, que tem um importante papel para reforçar a formação óssea da criança e da mãe. Esse mineral é encontrado nos queijos, iogurtes, leite, tofu, uva passa, linhaça e também nas nozes.
Um cuidado importante que as gestantes precisam ter é com os temperos. Muitas vezes, especiarias a granel são adquiridas pelas mesmas para temperar a comida, o que pode causar graves problemas.
O açafrão, pimenta, curry, gengibre e outras especiarias geram complicações como contrações, hemorragia, além de poder causar aborto.
Portanto, alguns alimentos que devem ser evitados são:
- Ovos e peixes cru;
- Cafeína;
- Atum em lata;
- Bebidas alcoólicas;
- Adoçantes.
Além do mais, cuidado quando for comprar carnes: uma vitrine refrigerada aberta pode ser uma ótima opção para observar o estado da proteína.
Como dosar os alimentos?
Além de visitar o nutricionista, a própria gestante tem que ter controle sobre o que está comendo, principalmente os horários da refeição.
O certo é não ultrapassar mais que três horas entre uma refeição e outra. Assim, caso esteja fora de casa, o correto é carregar consigo uma marmita mais saudável, com frutas e outros petiscos.
Uma garrafinha de água também não pode ficar de fora, pois o consumo do líquido é essencial para o bom funcionamento do organismo. Tanto que é recomendado que a futura mãe consuma um alto volume de líquido durante o dia.
Para um maior controle, as próprias grávidas podem preparar as suas refeições, evitando que alimentos proibidos, como os temperos mencionados anteriormente, sejam acrescentados, ou cozinhar os seus doces, dosando a quantidade de açúcar.
Dessa forma, basta vestir o avental personalizado confeitaria e colocar a mão na massa.
Entenda o uso dos suplementos
Em muitos casos, a ingestão de bons alimentos precisam ser reforçados com suplementos externos, como vitamina D, ferro e iodo, que podem ser encontrados em farmácia juntamente com outras vitaminas.
Esses suplementos, combinados com uma dieta balanceada, podem promover bem-estar e evitar o surgimento de complicações para a mãe e o bebê.
Entretanto, só podem ser ingeridos após prescrição que contenha carimbo médico personalizado, pois o profissional avaliará as carências.
Até o dia da consulta, o ideal é manter-se apenas com as verduras, legumes, proteínas e carboidratos saudáveis, evitando frituras e açúcar em excesso.
Considerações finais
A gravidez é uma fase que requer bastante atenção de todos e que precisa ser acompanhada de perto por um bom profissional, que irá analisar o estado da mãe e do feto, assim como as necessidades de ambos.
Apesar de existir uma diversidade de alimentos saudáveis, não é recomendado criar uma dieta por conta própria ou ingerir suplementos alimentares sem antes passar por um bom nutricionista ou outro profissional.
A saúde da mãe e do bebê são intrínsecas, ou seja, quando uma não está bem, provavelmente a outra também não estará.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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