Tive um diagnóstico precoce de AR há vinte anos. Desde então venho me tratando e, por isso, não tenho deformidades. Já passei por todos os tratamentos convencionais com medicamentos adequados: leflunomida, adalimumabe, abatacepte e tofacitinibe. Ainda trabalho, apesar da idade e sempre tive uma vida ativa, fazendo exercícios físicos e viajando.
Já tive momentos desesperadores de dor. Não conseguia abrir a porta do elevador, virar a chave do carro e acionar o controle da TV. Mas, com o passar do tempo e com o uso de medicamentos modernos, cheguei a ficar um período de quase remissão da doença. No entanto, em dezembro de 2017, a doença voltou com força total. Os medicamentos não fazem mais efeito, já tomei injeção de diprospan e o efeito, que antes era de alguns meses, agora não dura mais que três dias.
Estou vivendo sob o efeito de profenid e meloxicam até fazer todo o processo para obter um novo medicamento. Tentei voltar para o Pilates, mas foi impossível. Só consigo fazer algumas caminhadas. Tudo é muito doloroso. Só quem tem essa doença entende o que é viver com dor. Estou sempre à beira da depressão e não gosto de comentar com a família sobre as dores que sinto. Não consigo mais sorrir e as tarefas diárias viraram um pesadelo: tomar banho é difícil, pentear o cabelo é quase impossível, escovar os dentes é trabalhoso. Este depoimento é um desabafo. Precisamos contar para alguém a nossa odisseia e só quem tem a doença pode entender.
Me chamo Lia, tenho 68 anos, convivo com a artrite reumatoide há 20 anos, sou servidora pública, moro em Brasília – DF.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída“, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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