Olá, meu nome é Karina Flores, tenho 24 anos e sou formada em arquitetura e urbanismo. A Artrite Reumatoide Juvenil (ARJ) entra na minha vida em 2000, quando eu tinha apenas 5 aninhos.
Me lembro muito bem do primeiro sintoma. Enquanto pedalava a minha bicicleta rosa que havia ganhado no natal, senti uma dor relativamente forte no meu tornozelo. Avisei à minha mãe sobre, mas ninguém se importou muito, pois eu era uma menina muito ativa, vivia brincando na rua, correndo e pulando. Meus pais acharam que foi apenas um “mal jeito” que eu tinha dado durante alguma brincadeira.
Os dias foram passando e a dor foi aumentando, até que atingiu meus joelhos, e junto vieram febres muito altas. Fui levada para uma consulta no pediatra, falaram que era normal, pois fazia parte do processo de crescimento. Passaram um anti-inflamatório e pronto.
Meu tratamento seguiu por anos, não conseguíamos fazer a AIJ entrar em remissão. Entre várias tentativas de tratamentos com biológicos, chegamos ao tocilizumabe no ano de 2015, nesse ano, graças a esse medicamento a doença entrou em remissão. Mas mal sabia eu que ainda tinha mais uma batalha a vencer.
Durante as férias de 2017, mais especificamente em 23/12/2017, senti uma forte dor no quadril enquanto nadava na praia. Uma dor muito forte, cheguei em casa mancando bastante. Corri para o reumatologista, fiz vários exames de imagem, tomava anti-inflamatórios fortíssimos. Meu quadril estava com um desgaste muito grande (artrose).
No dia 6 de junho de 2018, passei pela cirurgia que tiraria mais essa dor de mim. Artroplastia total de quadril ou prótese bilateral de quadril, como quiserem chamar. A recuperação foi longa, tive bursite no muscular na coxa, que fica embaixo de uma das cicatrizes. Mas agora está tudo bem. Tudo passou. Como dizia um enfermeiro muito querido do hospital em que fiz a cirurgia “daqui a algum tempo, isso tudo vai ser apenas uma lembrança”. E de fato ele estava certo.
O tempo passou, continuo com o tratamento da ARJ. Mas nada disso me impede de ter uma vida. Não é uma vida normal, eu tenho limitações, mas quem não tem, não é mesmo?
Aprendi desde muito nova a lidar com a dor. Tive a infância roubada pela ARJ. Mas nada disso importa. Isso tudo me fez forte, não só eu, mas toda a minha família, em especial a minha mãe, que foi nesse tempo todo e ainda é a minha base. Foi ela que sempre esteve do meu lado durante toda essa batalha.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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#Depoimento
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