Gostaria de compartilhar com vocês um pouco da minha história com a minha dor crônica!
Quando tinha 18 anos, de repente acordei com a articulação do cotovelo inchada e muito dolorida. Fui a emergência e na época o ortopedista de plantão disse que poderia ter sido uma pancada, mas não fazia sentido, pois, com certeza, me lembraria do fato.
Fiz uso de analgésico e melhorou. Após três meses, estava em sala de aula cursando o terceiro ano (científico), quando não conseguia apoiar meu pé no chão, porque a dor na articulação era insuportável. Novamente fui a emergência e após fazer uma bateria de exames, fui diagnosticada com lúpus, pois naquela época (1998) não admitiam uma adolescente ter reumatismo! Passados alguns meses, minhas dores só pioravam e ainda inicie um quadro de anemia profunda.
Doía, simultaneamente, todas as articulações do meu corpo. Até um clínico geral desconfiar de Artrite Reumatoide. Fui encaminhada ao reumatologista ( que estou até hoje) e após fazer outros exames mais específicos, o diagnóstico de AR se confirmou. Recebi um tratamento pesado com anti-inflamatório e corticoides, além de outras medicações fortes, até a cor da minha pele mudou! Passei um período em remissão (sem dores), mas entrei em crise novamente.
Foi quando engravidei do meu primeiro filho. Foi uma gravidez muito sofrida, pois só poderia manter o corticoide, porque os outros remédios causavam malformação fetal. Quando dei a luz, amamentei pouquíssimo, não me aguentava de dores e precisava voltar logo aos outros medicamentos. Iniciei um quadro de osteopenia e já fui tratando com o cálcio. Contudo, para ter um tratamento mais eficaz para a AR teria que fazer uso de uma medicação mensal injetável chamada Actenra, mas não poderia engravidar novamente.
Como sou filha única, sempre sonhei em ter dois filhos e por isso preferi engravidar logo, para só depois iniciar o tratamento. Passei por outra gravidez traumática, com muitas dores e para variar, não amamentei. Todo corpo estava inflamado, precisava iniciar logo meu tratamento. Só não esperava que a segunda gestação iria retirar o resto de cálcio dos meus ossos!
Inicie uma osteoporose grande, com fratura na bacia e no colo do fêmur. Fiz uso de uma medicação injetável para os ossos e um tratamento com uns aparelhos modernos para ajudar a não completar a fratura do fêmur. Precisei ficar em cadeira de rodas e usar muletas por dois meses. Foram momentos de grande dificuldade física e emocional! A minha”fantasia” da maternidade, foi por águas abaixo!
Ufa!!!
Enfim, quero dizer que sobrevivi e estou “hoje” muito mais fortalecida que “ontem”. Ainda faço uso da medicação injetável, sou acompanha pelo meu reumatologista e faço constantemente exames para avaliação. Mas o melhor de tudo é que minhas dores estão controladas e tenho dois filhos lindos e saudáveis. Hoje posso dizer que agradeço por tudo que vivi, pois passei a respeitar meus limites e apreciar, intensamente, todos os momentos que a vida me proporciona!
E Lembre-se: nenhuma fase é para sempre!
#REPOST dor.e.crescimento
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída”, entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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